Acordo evita greve dos funcionários da Urbs

A última rodada de negociação entre representantes da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) e do Sindicato dos Trabalhadores em Trânsito, Transporte e Urbanização (SindiUrbano), realizada ontem, na Delegacia Regional do Trabalho (DRT), definiu os pontos trabalhistas ainda pendentes entre as duas partes. A criação de uma ouvidoria para atender as defesas de processos administrativos e o reajuste no vale-alimentação (de R$ 244 até agosto para R$ 260 depois de setembro) foram acertados no encontro e evitaram uma paralisação por tempo indeterminado, que vinha sendo anunciada pelo sindicato da categoria.

Além desses itens, o sindicato já tinha conseguido negociar a regulamentação do banco de horas, a gratificação de quebra de caixa e o reajuste salarial de 5,6%. Segundo o sindicato, a solicitação referente ao processo administrativo com ampla defesa era uma das mais importantes reivindicações da categoria. O presidente do SindiUrbano, Valdir Mestriner, afirmou que anteriormente os trabalhadores eram demitidos da empresa sem explicações.

“Bastava a empresa receber uma denúncia que os funcionários eram demitidos sem ser ouvidos. Era uma necessidade nossa. Agora, com a aprovação da empresa, o funcionário terá a oportunidade de se defender”, comentou. Os funcionários da Urbs voltam ao trabalho hoje, e de acordo com o SindiUrbano, não haverá nenhum desconto do dia em que ficaram parados. “Após todas as negociações, vemos que tudo deu certo. Exigimos o que era nosso direito e a empresa acabou acatando os nossos pedidos. Na assembléia geral, todos aprovaram o que foi definido no último encontro”, completou o presidente do SindiUrbano.

Paralisação

Ontem, desde as 5h, os trabalhadores fizeram uma paralisação das atividades. Com faixas, apitos e carro de som, os servidores ficaram concentrados em frente ao prédio da empresa, na Rodoferroviária da capital. A manifestação contou com a participação dos agentes de trânsito e de estacionamento, fiscais do transporte coletivo e da limpeza de áreas públicas. Valdir Mestriner apostava na adesão de 95% dos 1,2 mil trabalhadores da área operacional. Porém, da área administrativa, que conta com cerca de 500 trabalhadores, a adesão não era expressiva.

A assessoria da Urbs informou que dos 1,2 mil trabalhadores, apenas 152 aderiram à mobilização, na maioria agentes de trânsito. Para evitar qualquer problema, o Batalhão da Polícia de Trânsito (BPTran) colaborou supervisionando toda a movimentação no trânsito da capital. A venda de cartões-transporte e outros serviços realizados na sede da Urbs também não foram comprometidos, assegurou a assessoria.

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