No Brasil, os gastos com a recuperação de pessoas acidentadas no trânsito são considerados elevados. A Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba revela que pesquisas recentes realizadas por instituições de pesquisa nacionais estimam que cerca de 4% do valor do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro seja gasto anualmente com tratamento hospitalar de acidentados.

Diante dessas constatações, a Organização Mundial de Saúde (OMS) resolveu colocar o assunto “Segurança no Trânsito” como tema principal do Dia Mundial da Saúde deste ano, que foi celebrado ontem. Em Curitiba, na Boca Maldita, integrantes da Secretaria Municipal da Saúde, de organizações não governamentais e de universidades promoveram atividades de conscientização da população. Foram realizadas entregas de panfletos e pesquisas com motoristas e pedestres. “Todos os anos, milhares de pessoas morrem no mundo devido a acidentes de trânsito. Isso já se tornou um problema de saúde pública, cujas crianças e idosos são as maiores vítimas”, declarou a coordenadora do programa Amo Curitiba Ações Voluntárias, desenvolvido pelo Sindicato das Instituições Particulares de Ensino do Paraná (Sinepe-PR), Tânia Santos. “Os acidentes repercutem no Sistema Único de Saúde (SUS). Seria muito melhor se os valores gastos com pessoas acidentadas pudessem ser utilizados em trabalhos de prevenção e educação no trânsito”.

O diretor da Diretran de Curitiba, Carlos Alexandre Bettas, também compareceu às atividades na Boca Maldita. “A iniciativa de colocar o trânsito como tema do Dia Mundial de Saúde é extremamente valiosa”, afirmou. “Desperta uma nova visão do trânsito como um problema de saúde pública, pois os traumas decorrentes de acidentes são uma das maiores causas de morte em todo mundo.

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