Acidente aéreo mata empresário em Londrina

Um avião monomotor caiu ontem, por volta das 9h, em uma fazenda a oito quilômetros do aeroporto de Londrina, no norte do Paraná. O empresário paulista João Carlos Ribeiro, de 54 anos, e o seu piloto Válter Luis Torres, morreram carbonizados. O avião pegou fogo após colidir contra um morro da região.  

O empresário era dono de duas empresas do ramo de produtos veterinários: a Vencofarma, na cidade de Londrina, e a Vetnil, na cidade de Louveiro, em São Paulo, próximo a Campinas. Ele costumava vir até três vezes por semana cuidar dos negócios no Paraná e, na maioria das vezes, vinha de avião. Um funcionário da empresa em São Paulo disse que Ribeiro estava pensando em viajar de carro desta vez, mas desistiu da idéia.

O monomotor, matrícula PR-JCR, saiu às 7h do aeroporto de São José do Rio Preto (SP) com destino a Londrina, mas a aeronave não conseguiu chegar ao aeroporto. Bombeiros que atenderam a ocorrência disseram que havia um pouco de neblina na hora do acidente. No entanto, segundo informações da Infraero em Londrina, o aeroporto estava aberto e permaneceu assim o resto do dia, pois o avião caiu em uma região distante das pistas, não atrapalhando os pousos e decolagens.

Segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), uma equipe da 5.ª Gerência Regional, em Porto Alegre, estava se dirigindo a Londrina para apurar o caso. De acordo com informações da Aeronáutica, o órgão está levantando as causas do acidente. O processo tem prazo de 90 dias para ser encerrado, podendo ser prorrogado. A Aeronáutica informa também que, geralmente, não existe uma única causa responsável pela queda de um avião. Segundo a Aeronáutica, os acidentes são causados por uma sucessão de problemas.

Ribeiro era casado, tinha um filho de 23 anos e uma filha de 20 anos. Ele fundou a empresa Vetnil em 1994, na cidade do interior paulista e, desde então, os negócios só prosperaram. Ribeiro desenvolveu uma linha de produtos baseados em pesquisas mundiais na área de medicina nutracêutica e ergogênica para eqüinos. A partir de 1998, a empresa se inseriu no mercado de PET, produzindo produtos que substituíram outros utilizados da linha humana. Em 2000, começou a produzir produtos para bovinos, ovinos, caprinos, suínos e aves, e mais recentemente para avestruzes.

Em 2005, a Vetnil incorporou o laboratório Univet e passou a ter 140 funcionários, e 95 produtos subdivididos em 140 itens. Em julho de 2006 ocorreu a fusão com a londrinense Vencofarma, líder brasileira no segmento de soros antiofídico e antitetânico, além de fabricante de uma série de vacinas.

A Vetnil atualmente exporta para México, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Colômbia e Costa Rica, país que realiza a distribuição dos produtos em toda América Central. Também exporta para Portugal, Espanha e Itália. No Oriente Médio, a empresa iniciou as exportações para os Emirados Árabes Unidos e pretende entrar no mercado chinês.

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