Após diversas reuniões da Comissão de Legislação da Câmara de Curitiba para debater o projeto que institui ônibus reservados para mulheres no transporte coletivo, a matéria foi acatada ontem. Inicialmente, o colegiado estava dividido e a votação chegou a dar empate em uma das reuniões anteriores, porque a proposta, na opinião de alguns integrantes da comissão, apresenta vícios de iniciativa. O último parecer, do vereador Valdemir Soares (PRB), e a presença do autor da proposta, Rogério Campos (PSC), que argumentou e explicou o projeto, foram decisivos para convencer a maioria dos parlamentares.

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De acordo com Campos, a regra deverá valer para biarticulados e ligeirinhos, somente em horários de grande demanda e os veículos deverão ter cor diferenciada. Como a ideia é pintar os veículos de rosa, já foram apelidados pela população de “panterões”. “Não impactará na tarifa porque estes ônibus ficam na garagem e só saem para cobrir os horários de pico”, justificou. Seriam usados 20% da frota para o público feminino, que também poderia optar pelos ônibus mistos. Segundo o parlamentar, o recurso já é usado com sucesso em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.

Inconstitucional

Já a presidente do colegiado, Julieta Reis (DEM), alegou que o projeto é inconstitucional e não tem condições de prosperar. O texto agora deve passar pela Comissão de Direitos Humanos, Defesa da Cidadania e Segurança Pública e também pela Comissão de Serviço Público, antes de ser votado em plenário.

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