Ação do MPF pede volta de funcionários do HC

O Ministério Público Federal (MPF) protocolou ontem à tarde uma ação civil pública, com pedido de tutelada antecipada, para que os servidores técnico-administrativos do Hospital de Clínicas (HC) voltem ao trabalho. Desde a semana passada eles estão em greve e o atendimento em setores críticos, como a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), está prejudicado. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral (Sinditest), José Carlos Belotto, disse que só iria comentar o assunto depois que a categoria soubesse o conteúdo da ação.

No documento, o MPF afirma que vem acompanhando o problema no HC desde o início da greve e observou que o movimento vem causando danos para a saúde da população, principalmente para ?os pacientes internados na UTI Adulto (Unidade de Terapia Intensiva), Semi-intensiva e Pronto Atendimento do Hospital de Clínicas, haja vista o abandono das atividades, nos dias 28 de maio a 4 de junho, por 50% dos servidores que prestam serviços nesse hospital, diminuindo ainda mais esse contingente para 30% a partir de 5 de junho, conforme informa a direção do Hospital de Clínicas, em expediente recebido pelo Ministério Público Federal, em 30 de maio de 2007?.

O MPF pede ainda que a Prefeitura de Curitiba garanta o pleno atendimento médico em outro hospital a pacientes que não estejam recebendo a assistência adequada devido à greve, e que a União fiscalize o atendimento prestado pelo HC.

Os grevistas também decidiram ontem não atender ao pedido da direção do hospital para restabelecer 100% dos serviços nos setores críticos. Segundo Belotto, os grevistas haviam acordado com o HC que garantiriam o comparecimento de 50% dos trabalhadores em todas as áreas e agora não voltariam atrás. Além disso, sugeriu que a instituição remaneje pessoas de outras unidades para atuar nas área críticas. Na UFPR, a central de transporte está parada, as bibliotecas funcionam em sistema de escala e os restaurantes universitários estão fechados. O atendimento no hospital veterinário também está prejudicado. Na Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), alguns setores também estão parados, como o de manutenção. Hoje a Federação dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra) tem um encontro com o governo, em Brasília, para discutir a situação.

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