Acampamento do MST ganha escola itinerante

As crianças que moram no acampamento do Movimento Sem Terra na Fazenda Araupel, em Quedas do Iguaçu, vão voltar para sala de aula. Anteontem, o secretário de Estado da Educação e presidente da Fundepar, Maurício Requião, inaugurou a primeira Escola Itinerante do Paraná.

Criado a partir de um convênio, o projeto prevê que se os acampados mudarem de região a escola vai junto, possibilitando que os alunos tenham um ensino continuado. O projeto também será desenvolvido em outros acampamentos em Quedas do Iguaçu, Cascavel, Espigão Alto do Iguaçu e em General Carneiro.

Inicialmente, no acampamento 10 de Maio, como é conhecido o da Fazenda Araupel, serão atendidas seiscentas crianças. Além disso há turmas de educação de jovens e adultos cujas aulas já foram iniciadas. Para possibilitar o acesso das crianças à escola, a Fundepar levou equipamentos como mesas, carteiras, caixas d?água, lousas, mangueiras, armários e até lonas para cobrir as salas de aula.

A coordenadora da Educação do Campo na Secretaria da Educação, Sônia Schwendler, explicou que a o projeto prevê que todos os alunos das escolas itinerantes serão matriculados em uma escola-base, a Escola Estadual Iraci Salete Strozaski, que fica no assentamento Ireno Alves, em Rio Bonito do Iguaçu.

Novo modelo de assentamento

O novo modelo de assentamento da reforma agrária no Brasil começa a virar realidade. Na próxima segunda-feira, às 14h, representantes do Incra, Embrapa, Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Ibama, UFPR, ONG WWF Brasil e MST se reúnem, na Superintendência do Incra no Paraná, para discutir a criação da Câmara Técnica de Gestão Ambiental do projeto de assentamento da Fazenda Araupel, em Quedas do Iguaçu. A área de 25 mil hectares está sendo adquirida pelo Incra e vai assentar 2 mil famílias. A fazenda vai inaugurar um novo modelo de assentamento, combinando viabilidade econômica e preservação ambiental. Será administrada por um conselho de gestão tripartite envolvendo os governos federal, estadual e os assentados com uma gestão baseada em câmaras técnicas nas áreas ambiental; de geração de renda, inovações e comercialização; e qualidade de vida, direitos sociais e infra-estrutura.

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