Retrospectiva 2012

Abril teve neto matando a avó e malandro dando de esperto

A desfaçatez da bandidagem está cada vez maior. Fábio Júnior de Miranda, 18 anos, tentou arquitetar uma farsa para não ser preso pela polícia depois de assassinar seu próprio cunhado, Josué de Fátima do Carmo, 15, foi morto a facadas, no bairro Alto Maracanã em Colombo, região metropolitana de Curitiba.

Fábio matou o garoto e deitou ao lado da vítima, fingindo estar desmaiado. A malandragem foi descoberta pela polícia encontrando falhas na versão no autor. Quando a verdade veio à tona, descobriu-se que Josué foi chamado pelo marido da irmã, com o pretexto de entregar a ele as chaves da casa que fica nos fundos. Aí, o assassinato aconteceu. Segundo a PM, o adolescente descobriu pequenos furtos de Fábio e contou para a família.

Caçador de pipas

O menino André Gustavo Vieira, 9 anos, morreu atropelado por um carro após invadir a pista da BR-116, no Contorno Sul, enquanto soltava pipa com um amigo. De acordo com testemunhas, o motorista do Meriva, placas ARN-2833, não conseguiu parar a tempo de evitar a tragédia.

A morte do garoto levantou, outra vez, a questão do perigo que o trecho oferece – para pedestres e motoristas. Sete meses antes, Felipe Barboza Muniz, 12, morreria de forma parecida. Ele também soltava pipa quando foi colhido por um automóvel.

Átila Alberti
Rosália quis dar um basta e apelou para uma ida sem volta do marido.

“Podia ter sido eu, meu Deus”

Rosália Alves da Silva, de 49 anos, não suportava mais a vida conjugal ao lado de Júlio César de Carvalho, 40, e colou um ponto final na relação acertando duas machadadas na cabeça do amásio. Quinze minutos antes do assassinato, ela foi até a casa do ex-marido, José Alves da Silva, que fica na Rua Dr. José Albino de Barreto Neto, bairro São Miguel, em Curitiba, mesmo local onde aconteceu o crime, e avisou o que faria.

Quando retornou para falar com o ex, Rosália tinha em mãos o machado sujo de sangue. Antes de fugir, ela pediu que o filho de 13 anos chamasse a polícia. José e a assassina viveram juntos por 17 anos e há seis meses havia morava com a vítima. “Estou me sentindo aliviado de não ter sido morto no lugar dele. Quando a gente morava junto, ela vivia dormindo com uma faca debaixo do travesseiro. Eu ficava calado. Fazia como coelho, dormia com um olho aberto e outro fechado”, contou o ex-marido.

Fraque e cartola

Vestir-se bem é uma questão de estilo. É exatamente isso o que pensavam Kleverson Hilhan Silva Prestes, de 20 anos, e um adolescente de 16 anos, quando roubaram uma loja de roupas no Mercês. Os dois marginais chegaram ao local como se fossem clientes, mas logo deram voz de assalto e trancaram os vendedores em uma sala.

No entanto, os donos da loja e outros funcionários saíram pelos fundos para pedir ajuda. Enquanto isso, os marginais aguardavam a chegada dos comparsas em uma Kombi, que foi carregada com o produto do roubo. A perua saiu e no ‘calcanhar’ dos malandros estavam os donos da loja e uma equipe da RPC TV, que filmou toda a ação.

Para tentar fugir, os malacos entraram no estacionamento do Shopping Crystal, no Batel. Os clientes do local só perceberam o que acontecia quando os policiais fecharam as saídas do estabelecimento Mas os bandidos levaram a pior e, depois de toda a confusão, eles acabaram presos.

Euforia

Allan Costa Pinto
Vitória homérica do Coxa levou a nação alviverde ao êxtase no Couto Pereira.

A alegria do torcedor coxa-branca foi imensa quando o Coritiba ‘encaçapou’ o ASA no Couto Pereira por 3 a 0. Além da vitória bonita, o Verdão conquistou ainda uma vaga para a Copa do Brasil. Os responsáveis pela, euforia verde e branco foram Tcheco, Anderson Aquino e Everton Ribeiro que balançaram a rede do adversário.

Assassinas caloteiras

A rigidez de um vigia de 55 anos pôs fim à sua vida. A esposa, de 46 anos, e a filha, 17, já não o aguentavam mais e tramaram a morte do velho, em Campina Grande do Sul. Para fazer o trabalho sujo contratam os serviços de Maicon Soares da Silva, o “Grilo”, 22 anos, que confirmou as suspeitas da Polícia Militar (PM) de que as duas eram as mandantes do crime. A bronca do matador com as duas era que não recebeu o pagamento (R$ 500 mais algumas pedras de crack) pela morte.

Outro filho da vítima denunciou a mãe e a irmã à PM e, apesar de adolescente querer assumir o culpa sozinha, os indícios apontavam a mãe como participante da morte. Ao confrontar a jovem sobre o que teria motivado o crime a resposta foi certeira: o pai era muito bravo e não a deixava sair para a balada.

Neto desnaturado

Átila Alberti
Diego não teve dó da avó, de 67 anos, que não deu dinheiro para comprar droga.

Iracema Zanardo Ferreira, de 67 anos, pagou muito caro por não ter dado dinheiro ao neto, Diego Pereira de Lima, de 24 anos, para que ele sustentasse o vício do crack. A idosa foi esfaqueada pelo rapaz, que fugiu do apartamento da vítima, na Cidade Industrial, logo depois do crime, mas se esqueceu de um pequeno detalhe: se desfazer da arma usada.

Iracema só foi encontrada duas horas, quando vizinhos ouviram os gemidos da idosa, que ficou agonizando. Ela foi levada às pressas para o Hospital Evangélico, mas não resistiu às facadas no peito e na barriga, morrendo horas depois. Diego, que levou da avó um celular e R$ 20, trocados por pedras de crack, foi entregue pelo próprio pai e acabou preso.

Limpeza pesada

A zeladora de um banco, no Pinheiro, foi flagrada enquanto fazia alguns ‘saques’ no cofre da instituição. Selma de Fátima Roberto, 57 anos, que foi autuada por roubo qualificado, não contava que as câmaras de segurança iriam denunciá-la. Segundo a velhaca, ela devolveria a grana para o banco.

Outros funcionários começaram a desconfiar do sumiço do dinheiro e resolveram instalar câmeras de seguranças e deu certo: Selma foi filmada enquanto praticava a ação.

Macabro

O caso da morte de Lucinéia Luiza de Almeida, 26 anos, que teve o corpo encontrado esquartejado em Bocaiúva do Sul dentro de um saco, e do sumiço de sua enteada Karina Colimo, de anos, chocou os paranaenses. O roçador, Altamir José Rodrigues, 32, que trabalhou na fazenda do marido da vítima, foi apontado como sendo o autor do crime.

O corpo da menina só foi encontrado alguns dias depois, próximo ao local onde a madrasta estava. Exames do Instituto de Criminalística apuraram que, ao contrário do que se imaginava, Karina não foi estuprada.

Assista os vídeos que marcaram o mês de abril.

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