Abertura de rua esbarra em impasse

A Prefeitura de Curitiba adiou a decisão de retirar o calçadão e reabrir para o tráfego de automóveis o trecho da Rua Saldanha Marinho, entre as ruas do Rosário e Dr. Murici. As obras começariam na última segunda-feira, mas um protesto dos estudantes da Faculdade Facinter adiou o trabalho. A instituição, moradores e alguns comerciantes formaram a Associação Comunitária e Cultural Jornalista Saldanha Marinho e vão apresentar esta semana à Prefeitura um projeto de revitalização para a área.

A Associação Catedral, que representa comerciantes, empresários e moradores de seis ruas da região decidiu em uma assembléia na semana passada pela reabertura da via, com o objetivo de acabar com a marginalidade no local. O comerciante José Carlos Faret fala que quando o calçadão foi construído havia um projeto para a implantação de bancos, arborização e iluminação. Mas a idéia ficou no papel e, segundo ele, a área virou banheiro público e ponto de drogas. A volta de carros circulando pela via seria a solução.

Mas a Associação Comunitária e Cultural Jornalista Saldanha Marinho é contra. Ontem, os representantes da entidade se reuniram com o secretário municipal de governo Geraldo Siqueira, que concordou em esperar para analisar a proposta que será apresentada pela associação até o fim da semana. “Não acreditamos que a simples abertura da via vai acabar com o problema”, ressalta o diretor geral da Faculdade Facinter, Wilson Picler. Os representantes da associação vão propor que a rua vire um espaço cultural com feiras e tenha um palco móvel para apresentações artísticas. Também pretendem contratar um vigia para a área e, quando ocorrer qualquer problema, ele seria encarregado de acionar a Polícia Militar.

Segundo a assessoria da Prefeitura de Curitiba, a aprovação da obra seguiu todos os trâmites legais, com a realização de audiências públicas. Mesmo assim, a Prefeitura vai esperar para analisar a proposta da associação.

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