Abertura de rua desagrada moradores

Apesar de os moradores do Centro Cívico já estarem organizando um abaixo-assinado contra a possível abertura de uma rua entre o Bosque João Paulo II e os fundos do Edifício Castelo Branco, o Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba), através da assessoria de imprensa, garante que o projeto não existe. O morador e agrônomo Gersino Fernando de Carvalho, responsável por um dos abaixo-assinados, conta que ficou sabendo da informação, há aproximadamente três meses, por topógrafos da Prefeitura de Curitiba que estavam fazendo um levantamento da área. “Eles disseram que a intenção é desafogar a Mateus Leme. Mas agora, ligo para o Ippuc e eles negam”, diz, apontando para um piquete que foi colocado no local.

Por enquanto, o agrônomo acredita que seja pretensão da Prefeitura de Curitiba abrir uma via entre as ruas Deputados Mário de Barros e Manoel Eufrásio, no Centro Cívico, mas teme que a atitude seja tomada sem consulta e repentinamente. “O grande problema está em cortar áreas verdes, mas também representa um perigo para crianças, adultos e pequenos animais que usufruem desse ambiente de espaço livre.” Preocupado com a possível abertura da rua, Gersino já enviou até uma carta para o promotor do Meio Ambiente, Saint-Clair Honorato Santos, na qual protesta contra a pretensão da rua e até na transformação do Edifício Castelo Branco em Museu de Artes do Paraná. “Essa destruição da unidade paisagística da área romperá as relações e o equilíbrio ambiental de um patrimônio natural e construído, tão arduamente compostos ao longo do tempo e tão bem preservados até o momento”.

Até o fim do mês, ele pretende encaminhar o abaixo-assinado, que será somado a um outro que está sendo organizando por um grupo de mulheres do bairro. A professora Maria Antonieta, que mora na região e costuma levar o cachorro para passear na parque, também já ouviu comentários sobre a possível abertura da via. “Acho que não tem cabimento. Não são só os moradores que saem perdendo, mas a população, que pode perder uma área de lazer.”

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