Um levantamento feito pela Secretaria Estadual da Saúde mostrou que 75 cidades do Paraná estão em estado de alerta para epidemias de dengue, de acordo com o índice de infestação do mosquito transmissor. Os dados foram apresentados após o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) referente ao mês de novembro realizado por 303 municípios.

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O LIRAa é um cálculo que compara a quantidade de imóveis visitados pelos agentes de saúde com a quantidade de focos com larvas do mosquito encontrados nessas visitas. “Atualmente, o Governo do Estado recomenda que as prefeituras façam esse levantamento nos meses de fevereiro e novembro para que possamos monitorar a situação no Paraná”, explica a chefe do Centro estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.

O resultado abaixo de 1% é considerado fora de perigo (menos de uma casa infestada para cada 100 pesquisadas), de 1 a 3,9% é estado de alerta (de uma a três casas infestadas para cada 100 pesquisadas), e acima de 4% há risco de surto e demanda ações emergenciais (quatro ou mais casas infestadas para cada 100 pesquisadas).

ALTO RISCO – Segundo o mesmo levantamento, três municípios apresentaram o índice de alto risco para epidemias, ou seja, com valor igual ou acima de 4%. São Miguel do Iguaçu, na região Oeste, registrou 4% de índice de infestação; Pitangueiras, no Norte Central, 4,63%; e Jacarezinho, no Norte Pioneiro, apresentou o valor de 4,8%.

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Além das cidades em risco, já foi confirmada a presença do vetor em 313 municípios do Estado em 2016. “Onde há mosquito, pode haver doença. Além da dengue, o Aedes aegypti pode transmitir várias outras patologias. Portanto, mesmo que o município ainda não apresente casos de dengue, o perigo existe e a principal recomendação é não deixar o Aedes nascer”, diz Ivana.

PREVENÇÃO – De acordo com o novo boletim divulgado pela Secretaria da Saúde nesta terça-feira (13), foram confirmados 298 casos de dengue no Paraná desde agosto de 2016. O informe também apresenta seis casos de chikungunya, sendo apenas um autóctone (em que a contaminação ocorreu no Estado), e nenhum caso de zika no período.

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De acordo com a chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, apesar da redução de casos comparada ao mesmo período em 2015, os cuidados devem continuar. “Embora haja redução de 28% no número de casos, a população precisa manter as medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito”, enfatiza.

As recomendações são as mesmas, como não deixar focos de água parada, organizar uma rotina de limpeza semanal das residências e locais de trabalho, e eliminar qualquer possível criadouro de mosquito. A atenção deve ser especial com lixos, vasos, garrafas retornáveis, recipientes de descongelamento na parte de trás das geladeiras e caixas d’água.