41 mil novos casos de câncer de mama em 2003

Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), no ano passado surgiram 41 mil novos casos de câncer de mama, e 9 nove mil mulheres perderam a vida. A principal forma de combater o problema ainda é detecção precoce feita pelo auto-exame e a mamografia. A doença é a principal causa de morte por câncer entre as mulheres.

O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia no Paraná, José Clemente Linhares, explica que nos últimos anos houve um aumento no número de casos detectados. Ele atribui essa elevação a vários fatores. Entre eles a obesidade e a ingestão de gordura animal.

Mas, por outro lado, ele destaca que houve avanços na implementação de políticas públicas nessa área, e mais mulheres começaram a ter acesso aos exames e tratamentos. Segundo Clemente, hoje o Sistema Único de Saúde (SUS) tem condições de oferecer o atendimento a todas as mulheres no Paraná.

Dados de 1994 e 2001 mostram avanços da detecção da doença. Há 10 anos, 33% dos casos eram descobertos em um estágio bem avançado, quando o tumor já havia se espalhado para as axilas. Em 2001, esse número havia baixado para 23,7%. Também houve um aumento no número de casos detectados na fase inicial, de 10,5% subiu para 17,7%. No entanto, 44% dos casos ainda são detectados no chamado estágio dois, e as chances de cura variam entre 60% e 75%. Nos países desenvolvidos, 80% dos tumores são detectados na fase inicial.

Hábitos e genética

Além dos hábitos de vida inadequados, os fatores genéticos também influenciam no aparecimento da doença. Pessoas que já tiveram câncer na família devem ter um cuidado a mais. Outros fatores de risco são: primeira menstruação antes dos 10 anos, menopausa tardia e mulheres que nunca deram à luz.

O médico fala que é recomendável fazer a primeira mamografia aos 35 anos. Depois dos 40, o exame deve ser feito no máximo a cada dois anos, e depois dos 50, anualmente. Linhares também destaca a importância do auto-exame. “Ele pode revelar alguns sinais da doença que a mamografia não consegue”, defende. O auto-exame deve ser feito mensalmente.

Voltar ao topo