2,8% dos atropelados morrem por ano na RMC

No ano passado, em Curitiba e Região Metropolitana, o Siate registrou 2.177 atropelamentos. Destes, 1.316 envolviam automóveis, 395 motos, 151 ônibus, 129 bicicletas, 75 caminhões, três trens e o restante teve agente causador não identificado.

Segundo o diretor médico do Siate de Curitiba, Edson Teixeira Júnior, os atropelamentos costumam ser graves. A mortalidade na capital e municípios da região é de cerca de 2,8% ao ano, e a lesão mais comum é o traumatismo craniano. Pessoas de todas as idades costumam se envolver nos acidentes, mas as maiores vítimas são as pessoas com mais de 50 anos, que representam 23% do total.

Durante uma ocorrência, podem haver três momentos de impacto da vítima. O primeiro é quando o veículo bate na pessoa, podendo resultar em fratura dos membros inferiores. O segundo é quando a vítima é jogada para cima e cai sobre o carro, com risco de fratura de crânio, lesão de membros superiores, traumatismo de tórax ou abdômen. Já o terceiro é quando o atropelado cai no chão, podendo haver danos dependendo da área do corpo que for batida.

O diretor médico explica que não existe um único responsável pelos atropelamentos. O culpado pode ser tanto o motorista, quanto a infra-estrutura das cidades – que em determinadas ruas não possuem calçamento ou contam com calçadas em más condições de manutenção – e o próprio pedestre, que geralmente atravessa fora da faixa de segurança e em locais inadequados, desatento ao movimento de veículos.

“Um série de fatores provoca os atropelamentos. Entretanto, por mais que o pedestre esteja fazendo algo errado, o motorista tem que respeitá-lo, parando o carro e deixando-o passar”, explica. “As pessoas precisam ser educadas e não punidas com a morte por estarem atravessando em local inadequado. No trânsito, a briga entre homens e máquinas é bastante desigual, pois os seres humanos não possuem mecanismo algum de proteção.”

Para minimizar as ocorrências, Edson acredita que seja de extrema importância a consciência dos motoristas de que os pedestres estão em desvantagem, e destes sobre a importância de se atravessar apenas na faixa de segurança.

Voltar ao topo