Foto: Valquir Aureliano

Reinício das aulas deixou o trânsito lento perto das escolas.

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Cerca de 1,4 milhão de estudantes da rede estadual de ensino voltaram às aulas ontem em todo o Paraná. Com eles, 64 mil professores também retornaram ao trabalho. Nas proximidades das escolas de Curitiba o fluxo do trânsito ficou lento e, por isso, Diretran, Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), Detran, Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e a ONG Criança Segura fizeram blitze educativas na tentativa de orientar pais e estudantes para os perigos do trânsito. Além da rede estadual, dois colégios municipais também iniciaram as aulas ontem, além das escolas particulares.

A rede municipal de ensino tem calendário diferenciado. A maior parte dos estudantes voltou às salas de aula nos dias 6 e 7 de fevereiro. No dia 5, 12 escolas reiniciaram os trabalhos, no dia 8, sete, e no dia 9, duas. As creches iniciaram no dia 5. Ao todo, a rede municipal atende a 106.233 estudantes. Dos cerca de um milhão de alunos da rede estadual, pelo menos 760 mil estão matriculados no ensino fundamental e, desses, 733 mil estudam de 5.ª a 8.ª séries, e 27 mil, de 1.ª a 4.ª séries. Já outros 450 mil estão no ensino médio.

De acordo com a Diretran, não foi registrado aumento de veículos nas ruas e nenhum transtorno, mas sim um fluxo maior próximo aos colégios. Em todas as blitze, a ONG Criança Segura orienta os pais como transportar crianças nos veículos e como ensiná-los a atravessar as ruas com segurança. Também estão sendo distribuídos folhetos com informações sobre o assunto, além de folders com a campanha de trânsito da Prefeitura de Curitiba, que lembra de algumas ações esperadas dos motoristas, como calma, gentileza, entre outras. Nos Colégios Adventista e Madre Anatólia, policiais do BPTran fizeram palestras para os estudantes sobre educação no trânsito.

Professores querem reajuste

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Os professores estaduais iniciam o ano com a esperança de que os salários aumentem. A informação é da APP-Sindicato, que revelou que o piso da categoria deveria aumentar em 56% para se equiparar ao das outras classes de servidores públicos com ensino superior. Para discutir o assunto, uma reunião está marcada para o dia 26 entre representantes dos professores e do governo do Estado.

De acordo com o diretor de imprensa da APP, Luiz Carlos Paixão, os professores esperam que o governo tenha pelo menos uma proposta para a categoria no dia 26. ?A defasagem é muito grande. É uma injustiça?, disse Paixão. Ele contou que o início das aulas foi tranqüilo no que se refere à estrutura das escolas. ?No ano passado, iniciamos com falta de professores em alguns colégios. Neste ano isso não aconteceu?, afirmou.

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Paixão relatou ainda as outras reivindicações em pauta. Os professores querem, há anos, a redução do número de alunos em sala de aula. Segundo Paixão, hoje essa quantidade chega a 40. ?O ideal seria 36 para o ensino médio e 30, para o fundamental?, analisou. Outro problema é a saúde dos educadores. Segundo ele, cada vez mais muitos deles estão se afastando de suas funções por causa de doenças graves como depressão. ?Vamos reivindicar a instituição de programas de saúde específicos para professores?, disse. Além disso, a violência nas escolas assusta.

A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que está aberta à negociações com os professores e que está estudando as propostas. Os professores que trabalham 20 horas semanais ganham R$ 515, mais R$ 150 de auxílio transporte. Já aqueles que trabalham oito horas recebem R$ 1.030, mais R$ 300 de auxílio.