125 anos de Caetano Munhoz da Rocha

Caetano Munhoz da Rocha, filho do tenente-coronel Bento Munhoz da Rocha, falecido em 1896, quando presidente da Câmara Municipal de Paranaguá e de Maria Leocádia Munhoz da Rocha, nasceu em Antonina aos 14 de maio de 1879. Estudou no Colégio São Luiz, de Itu, e formou-se em Medicina, no Rio de Janeiro, com 23 anos, tendo clinicado durante três anos em Paranaguá.

Deputado estadual em sete legislaturas consecutivas (1904 a 1917); foi secretário de Fazenda no primeiro governo de Affonso Camargo (1916 a 1920) e vice-presidente do Estado nesse mesmo período; prefeito de Paranaguá duas vezes (1908 a 1912 e 1912 a 1916), presidente do Estado, também em duas gestões (1920 a 1924 e 1924 a 1928) e senador da República (1928 a 1930). Depois de 1930, foi deputado da Assembléia Constituinte estadual de 1935 e durante a legislatura de 1935 a 1937, pela União Republicana. Em 30/6/1939, foi nomeado, pelo presidente da República, primeiro presidente do Conselho, então Departamento Administrativo do Estado.

Em sua carreira política, colocou em prática vasto programa de realizações. Iniciou no Paraná, e talvez no Brasil, a prática da fiscalização na aplicação do dinheiro público, com a publicação diária dos balancetes do Tesouro estadual.

Suas obras, já cinqüentenárias, até hoje continuam servindo ao povo paranaense: Escolas Normais de Curitiba, Ponta Grossa e Paranaguá; Ginásio Regente Feijó de Ponta Grossa; início das obras do Porto de Paranaguá; Mercado Geral e do Peixe de Paranaguá. Implantou a rede de esgoto e abastecimento d’água em Paranaguá; construiu o Sanatório São Sebastião da Lapa, o Leprosário São Roque de Piraquara, o Asilo de Velhos de Curitiba, o Hospital de Isolamento de Curitiba, o Hospital Oswaldo Cruz, diversos grupos escolares, como o D. Pedro II, na capital; instituiu o seguro de vida para o funcionalismo do Estado e a Caixa para construção da casa própria; fez a primeira concessão de terras para os ingleses no Norte do Paraná; construiu o laboratório de análises e dispensário de Curitiba; construiu 700 km de novas estradas de rodagem, destacando-se: Rio Sagrado-Paranaguá (30 km), Paranaguá-Praia de Leste (25 km), Affonso Camargo-Ribeirão Claro (54 km), Ribeirão Claro-Jacarezinho (29 km), Amparo-Reserva (45 km), Tibagi-Queimados (80 km), Imbituva-Teixeira Soares (25 km), Itapará-Guarapuava (27 km), Porto União-Mangueira (50 km), Clevelândia-Santo Antônio (37 km), Bocaiúva-Antinha (47 km), etc.

Faleceu aos 23 de abril de 1944, em Curitiba.

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