100 mil morrem por ano no Brasil devido ao tabaco

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil têm 30 milhões de fumantes e todo ano 100 mil pessoas morrem de doenças relacionadas ao tabaco. Segundo o presidente do Comitê Antifumo do Paraná, o médico Saulo Carvalho Filho, apenas 5% das pessoas conseguem largar o vício sozinhas e os demais precisam de um tratamento adequado. A dependência é considerada uma patologia pelo Código Internacional de Doenças. Hoje, Dia Mundial de Combate ao Fumo, é uma data propicia para se pensar sobre o assunto.

Saulo explica que a nicotina presente no cigarro vicia mais que a cocaína, heroína, crack e o álcool. A substância age no sistema nervoso central e causa sensação de bem estar e de relaxamento. Mas esses momentos de prazer trazem conseqüências desastrosas para o organismo. A fumaça do cigarro tem cerca de 4.700 substâncias químicas que são cancerígenas. Depois de ingeri-las por dez anos ou mais o organismo vai levar entre oito e dez anos para eliminá-las completamente.

Os cânceres lideram a lista das doenças e 90% deles ocorrem no pulmão. Tem também o câncer de boca, laringe, estômago, pâncreas e de bexiga. Além disso, 30% das doenças cardiovasculares têm relação com o cigarro. O médico afirma que de cada grupo de quatro pessoas que fumam durante 20 anos, uma pessoa deve morrer desse tipo de problema.

Os jovens são os mais vulneráveis a sucumbir ao prazer imediato do cigarro. Pesquisas mostram que 95% dos fumantes se entregaram ao consumo entre os cinco e 19 anos. Para serem aceitos na turma ou para mostrar que cresceram, adotam o tabaco para se auto- afirmar.

Depois de viciado, livrar-se do cigarro não é tarefa fácil. O médico diz que muitos precisam de acompanhamento médico e psicológico e até do uso de remédios para substituir temporariamente a nicotina. Segundo ele, já existe tratamento para o problema na rede pública de saúde e universidades. Mas as leis sobre o assunto ainda não são respeitadas. “É comum você ir a um shopping e encontrar pessoas fumando”, diz. Para ele, falta fiscalização.

Voltar ao topo