1.320 crianças passaram a noite no zôo

O programa de acantonamento ecológico, mantido pela Prefeitura de Curitiba há 12 anos, permitiu que no ano passado 1.320 crianças passassem dois dias no zoológico, abrigadas em uma casa de dois andares com refeitório, alojamento feminino e masculino para alunos, seus professores, técnicos e o pessoal da cozinha e da limpeza.

A rotina é sempre a mesma. Depois de uma palestra sobre animais peçonhentos, entram em cena a jibóia Jiji (que na verdade é uma cobra macho) e a aranha caranguejeira Filó. “Elas não oferecem riscos, e as crianças podem tocá-las sem medo”, disse a chefe da divisão de dinamização cultural do zoológico, Márcia Frasson.

Na tarde do primeiro dia, os alunos fazem atividades na horta e pomar e têm contatos com animais de fazenda, como cabrito e galinha. À noite, todos participam do “cerimonial do fogo”, que trata da evolução da humanidade a partir da descoberta do fogo. Antes de dormir, há um passeio noturno pela trilha do bosque e pelo zôo.

O segundo dia também é cheio de atividades pelo zoológico. No final, o grupo planta uma árvore e coloca na frente dela o nome da escola. “Muitas crianças voltam com os pais para mostrar a árvore que plantaram”, informou Márcia.

O acantonamento é gratuito. As escolas que participam costumam doar apenas os materiais que são usados nas atividades em grupo. As inscrições para 2003 podem ser feitas pelo telefone 378-1515. As escolas municipais têm prioridade na reserva, com preferência para as que ainda não enviaram seus alunos.

Outras atividades

Além do acantonamento, a equipe do zoológico desenvolve outras ações com crianças. A visita orientada, que acontece toda terça, quarta e sexta, levou 3.232 alunos ao Parque Iguaçu. Ela é destinada a alunos a partir da 3ª série e feita entre 9h e 11h ou entre 14h30 e 16h30.

Para quem não pode ir até lá, há a zooterapia, realizada a cada 15 dias e que em 2002 teve a participação de 611 pessoas. Além de hospitais, escolas especiais e grupos de 3ª idade recebem a visita de animais.

Márcia informou que, nos hospitais, são os médicos que determinam que criança pode participar da programação. A jibóia Jiji é uma das atrações, mas são levados também coelhinho, pintinho, patinho, porquinho-da-índia e jabuti.

Outro programa, o “Zôo vai à Escola”, teve 1.177 participantes. As crianças ouviram palestras, viram animais empalhados, exposição fotográfica, teatro de fantoches e participaram de atividades recreativas.

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