As duas operações feitas pela Copel com a Olvepar e com Adifea (Associação dos Diplomados da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo) no final do governo Jaime Lerner deram ao Estado do Paraná um prejuízo de aproximadamente R$ 300 milhões.

No caso da negociação com a Olvepar, os créditos de ICMS dessa empresa nunca existiram, conforme salientava um acórdão do Tribunal de Justiça. A operação foi feita em 15 dias, o pagamento em 25 dias, numa rapidez inédita para esse tipo de negociação, que normalmente leva de cinco a seis meses.

Já em relação a Adifea, o que chama atenção é a entidade não ter fins lucrativos. Mesmo assim, a associação recebeu R$ 1 milhão pela consultoria feita para a Copel. Os outros R$ 15 milhões do negócio teriam sido imediatamente repassados para a Embracon (Empresa Brasileira de Consultoria). A Adifea, inclusive, já operou em diversos Estados e está sendo investigada pela Procuradoria da República.

Somados os valores comprometidos nas duas operações chega-se ao prejuízo de cerca de R$ 300 milhões para o Estado, já que são R$ 40 milhões pagos no caso Olvepar, além dos R$ 60 milhões gastos para que o Estado reconhecesse a dívida com a Copel, mais R$ 16 milhões pagos para a Adifea, além dos R$ 170 milhões reconhecidos pela Secretaria da Fazenda como o montante que a Copel teria para ressarcimento, chegando a R$ 286 milhões.

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