Paraná realiza coletas do sangue do cordão umbilical

O sangue do cordão umbilical é uma promessa da medicina que virou realidade em inúmeras regiões do Brasil. Atualmente, existem bancos privados dedicados exclusivamente ao congelamento deste material, que é rico em células-tronco. Além disto, vários pontos de coleta estão distribuídos pelas cidades do país, inclusive no Paraná.

O benefício que as células-tronco podem proporcionar é indiscutível e abre alternativas sem precedentes para a cura de doenças que desafiam a medicina. Seu êxito se deve ao potencial de se multiplicar e formar diversos tecidos, como cérebro, coração, ossos, músculos e pele. Se a ciência conseguir controlar o desenvolvimento destas células, elas poderão ser utilizadas para reparar tecidos danificados e tratar enfermidades incuráveis como câncer, problemas cardíacos, lesões da medula espinhal, epilepsia e diabetes.

A Criogênesis, empresa pioneira no país, foi desenvolvida há dois anos por médicos especialistas em criopreservação, com o intuito de levar aos mais diversos pontos do território nacional a oportunidade de coletar o material. No Paraná, o Dr. Sérgio Duarte, médico especialista em Ginecologia e Obstetrícia, é um dos representantes da Criogênesis.

Nesta região, pais e mães que optarem pelo congelamento do sangue do filho recém-nascido poderão utilizar o material em eventualidades futuras para a cura de doenças. A coleta do cordão umbilical é uma alternativa que não esbarra em questões éticas, como a obtenção do mesmo conteúdo por meio de embriões. A pesquisa e utilização do material embrionário intriga algumas camadas da sociedade, em especial as religiosas, uma vez que o procedimento implica na destruição de formas de vida.

Neste sentido, a Criogênesis deu um passo à frente na obtenção de células-tronco. Segundo o Dr. Sérgio Duarte, a coleta é realizada durante o nascimento por uma equipe especializada que se desloca até o local do parto. ?Todo material para a retirada do sangue é fornecido pela empresa. Após a coleta, o conteúdo é encaminhado para o laboratório de criopreservação em São Paulo, onde diversos exames irão avaliar a qualidade da bolsa coletada até que seja submetida ao congelamento?, explica. Para atender regiões mais distantes do país, o banco conta com um serviço aéreo que transporta o sangue até São Paulo. 

De acordo com o especialista, o procedimento não implica riscos para a saúde da mãe, tampouco a do bebê, já que o cordão é coletado da forma mais simples possível, em até 15 minutos após o parto. ?A diferença é que o material que teria como destino o lixo hospitalar será guardado em um laboratório de criopreservação?, afirma o Dr. Sérgio Duarte. 

Hoje, a principal aplicação das células-tronco é o transplante de medula óssea nos casos de leucemia. ?Não é tarefa fácil achar uma pessoa que possa ser doadora, pois as chances de encontrar um doador compatível são mínimas?, explica o Dr Nelson Tatsui, diretor da Criogênesis em São Paulo. Já com o sangue do cordão umbilical congelado, as células-tronco ficam disponíveis para necessidades como esta, durante pelo menos 15 anos após a coleta, embora estudos considerem a possibilidade de estocagem por até 50 anos. Além disto, não há riscos de rejeição, uma vez que as células são provenientes do próprio paciente, podendo também serem utilizadas para outros membros da família.

Segundo o diretor do banco, o armazenamento do sangue do cordão umbilical de um recém-nascido é um investimento para a saúde futura da família. ?Os pais que optam pelo congelamento do sangue de um recém-nascido, estão na verdade, fazendo um backup celular do filho, que poderá no futuro garantir o tratamento de várias doenças", afirma. 

Serviço:
Dr. Sérgio Duarte, BIOSCORD
Representante da CRIOGÊNESIS no Paraná
Rua Eurípedes Rodrigues, 654 – CEP 86360-000 – Bandeirantes, PR
Telefone: (43) 542-4663                           

 

 

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