Paraná e União discutem implantação do Corredor Oeste

Realizada nesta quinta-feira (13) em Curitiba a primeira reunião técnica do governo do Paraná com o governo federal para discutir a proposta de criação do Corredor Oeste – prolongamento da Ferroeste, ferrovia que liga Cascavel a Guarapuava. O Corredor Oeste será uma nova via ferroviária que pretende eliminar os problemas hoje encontrados no trecho entre Guarapuava e Ponta Grossa.
Entre as alternativas discutidas, está a construção de um novo ramal ferroviário ou a retificação da linha em uso atualmente. O governo federal aposta numa Parceria Pública Privada (PPP), fazendo uma variante de 130 quilômetros entre Guarapuava e Ipiranga. Entidades ligadas ao setor e o Centro dos Ferroviários estão propondo uma outra alternativa: a adaptação da linha já existente.

O secretário nacional de Políticas de Transporte do Ministério dos Transportes, engenheiro José Augusto Valente, ouviu atentamente os argumentos dos ferroviários e acredita que a proposta apresentada poderá ser a mais adequada a longo prazo, já que evitaria uma sobrecarga da ferrovia. Além disso, a proposta do Paraná ampliaria a eficiência do sistema.

?A variante Guarapuava-Ipiranga era uma prioridade do governo federal para as PPPs porque visa aumentar o escoamento da produção até o Porto de Paranaguá. Numa primeira avaliação, o Corredor Oeste é uma alternativa que não sobrecarrega a linha de Ponta Grossa e tem uma viabilidade maior?, afirmou o representante da União.

Valente afirmou ainda que se o governo do Estado desejar, a obra deverá ser deslanchada com rapidez, embora ainda seja necessário aprofundar a discussão e realizar estudos de viabilidade técnica. ?Ao analisarmos o empenho do governo do Paraná em relação à Ferroeste, acreditamos que ele terá muita disposição nesta obra?, declarou.

O diretor técnico, administrativo e financeiro da Ferroeste, Samuel Gomes, disse que essa é mais uma obra fundamental para ampliar a infra-estrutura do Paraná. A obra, explicou, deve ser viabilizada juntamente com a busca de uma solução para a Ferroeste que – administrada pela Ferropar – passa por um período de intervenção de seis meses. A intervenção foi decretada pelo governo do Paraná no dia 19 de agosto.

Gomes explica que havia um consenso em torno da construção do ramal Guarapuava-Ipiranga. ?Mas quando o governo estadual foi procurado pelos ferroviários, que disseram não ser esta a melhor alternativa, decidiu-se por debater o assunto amplamente, já que daqui a 5 ou 10 anos a previsão é de que o volume de grãos a ser escoado até o porto de Paranaguá chegue a perto de 20 milhões toneladas?.

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