Paraná é líder no recolhimento de embalagens de agrotóxicos

O Paraná recolhe 96% das embalagens de agrotóxicos comercializadas ? ou seja, de cada 100 embalagens vendidas no Estado, 96 são encaminhadas para reciclagem ou incineração. O índice é resultado das ações para devolução e destinação correta das embalagens usadas, que são desenvolvidas pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, por meio da Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental (Suderhsa) em parceria com o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InPEV).

O resultado foi apresentado nesta sexta-feira (30) durante a renovação do convênio de parceria entre o Governo do Estado e o Instituto, trabalho pioneiro – desde 2002 ? que coloca o Paraná entre os Estados brasileiros com maior índice de recolhimento de embalagens de agrotóxico do país.

O presidente do Instituto, João Rando, destacou que os índices obtidos no Paraná são excelentes e que não são encontrados em outros países. ?O índice nacional de recolhimento é de aproximadamente 82% das embalagens comercializadas e o Paraná está muito próximo ao 100%. Isto é resultado de um trabalho fantástico desenvolvido pelo Governo do Estado que aperfeiçoou os conhecimentos e as orientações ao homem do campo?, completou. Segundo Rando, países como a Alemanha, Austrália e Estados Unidos recolhem, respectivamente, 60%, 50% e 20% das embalagens comercializadas.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Rasca Rodrigues, além do alto índice de recolhimento, a ação tem atingido diretamente os agricultores que mais conscientizados passaram a integrar o trabalho. ?Houve uma evolução significativa no número de embalagens devolvidas às centrais de entrega com a tríplice lavagem já feita. Também detectamos redução no número de captações de água com o pulverizador diretamente no rio?, disse Rasca. Segundo ele, esta prática era muito difundida trazendo riscos à segurança das pessoas que utilizam os defensivos agrícolas.

?Com a colaboração do InPEV agregou-se rapidez e eficiência ao processo de retirada das embalagens do meio ambiente?, disse o presidente da Suderhsa, Darcy Deitos. ?A renovação do convênio demonstra a confiança do Instituto nas ações desenvolvidas pelo governo do Estado?, argumentou Deitos.

Recolhimento

O programa de recolhimento é coordenado pela Suderhsa, que faz o controle da devolução das embalagens, fiscalização dos agricultores e centrais de recebimento, licenciamento ambiental das centrais e treinamento dos técnicos que recebem as embalagens. Já o InPEV é responsável pelo transporte e destinação correta das embalagens vazias, que são coletadas nos pontos e centrais de recebimento, e depois encaminhadas para reciclagem ou incineração.

Diagnóstico

O diretor do setor Agrário da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Mário Nieweglowski Filho, disse durante a renovação do convênio que a universidade elaborou nos últimos quatro anos um diagnóstico de 182 propriedades, selecionadas pelo uso sistemático de defensivos agrícolas e que possuem mais de 100 hectares. ?Nestas propriedades não foi encontrada sequer uma embalagem de agrotóxico destinada incorretamente?, destacou Mário. ?O que demonstra uma melhora da percepção do produtor no gerenciamento do uso destes produtos?, completou.

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