Na reunião da operação ?Mãos Limpas? desta segunda-feira (08), o governador Roberto Requião elogiou a ação integrada da polícia do Paraná com a Polícia Federal e a Aeronáutica, que resultou no desfecho bem sucedido do seqüestro da família de um piloto de helicóptero de Curitiba. Para o governador, ?a polícia paranaense agiu com inteligência ao descobrir, em 72 horas, a localização do cativeiro e libertar as vítimas do seqüestro em segurança?.
De acordo com Requião, a polícia no Brasil deveria sempre agir de forma integrada. O governador ressaltou a disposição da Aeronáutica, que colocou equipamento e pessoal à disposição para apoiar a ação da polícia do Paraná. Mais de 40 policiais do Grupo Tigre (Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial), da Polícia Civil do Paraná, foram envolvidos na elucidação do seqüestro.
Segundo o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, a ação da polícia do Paraná ainda não encerrou. Agora, o trabalho vai se concentrar sobre as facções criminosas envolvidas. Ele acredita que uma facção se envolveu com o seqüestro, outra com o cativeiro e uma terceira com o resgate, que deveria acontecer na casa de detenção da cidade paulista de Mirandópolis.
Delazari agradeceu o papel da imprensa, que vinha acompanhando o caso desde a última sexta-feira (05) e nada divulgou, a pedido da Secretaria da Segurança Pública, para preservar a vida da família do piloto.
Social
Outro exemplo de integração bem sucedida, segundo o governador, são as ações sociais seguidas após as operações policiais intensivas, como está acontecendo na Vila Parolin, Vila Torres e Vila Verde, em Curitiba. Requião lembrou que a polícia afasta os bandidos dessas localidades, mas logo em seguida o Governo entra com programas sociais para amparar a população. ?O Estado amplia as políticas de saúde, água e luz gratuitos e os programas de geração de emprego para que o povo se sinta apoiado e não reprimido?, explicou o governador.
Ainda na reunião da operação ?Mãos Limpas?, Requião solicitou à presidente do Instituto de Ação Social (Iasp), Thelma de Oliveira, detalhes do acompanhamento da experiência do município de Marialva com os adolescentes em conflito com a lei na cidade. Requião quer estender essa experiência para todo o Estado, mas antes quer uma avaliação técnica dos resultados.
Segundo Thelma, o município de Marialva está investindo recursos do Fundo da Infância e da Adolescência (FIA) na manutenção de equipes multidisciplinares que estão fazendo terapia familiar, envolvendo as famílias dos adolescentes em conflito com a lei e também de jovens com problemas de repetência e evasão escolar. ?O programa está sendo acompanhado e caso seja implantado no Estado, precisaremos investir na formação específica de pessoal para lidar com terapia familiar?, afirmou a presidente do Iasp.
Em Marialva participam da equipe um psicólogo e um assistente social que atuam diretamente sobre a mediação de conflitos com as famílias dos adolescentes. A cidade foi dividida em 12 áreas, sendo cada uma com equipe multidisciplinar, e as famílias são chamadas a participar das terapias, explicou Thelma.
