O gerente executivo de Relações com Investidores da Petrobras, Raul Campos, revelou hoje que para a estatal considerar que existe um novo patamar de preço consolidado no mercado internacional será preciso a cotação do barril de petróleo se manter acima de US$ 40 por, pelo menos, dois meses consecutivos. “Nos últimos 12 meses, poucas vezes o barril alcançou os US$ 40. Geralmente, ele bate nesta cotação e recua depois”, afirmou.
Segundo ele, o atual nível de preço pode ser considerado como pico e não deve se sustentar por muito tempo. Em palestra hoje (5) na Associação Brasileira de Mercados de Capitais (Abamec), o executivo atribuiu as recentes oscilações de preço no mercado internacional às pressões de demandas provadas pelos Estados Unidos.
Campos argumentou que os preços praticados pela Petrobras estão em linha com a média internacional, e que a estatal adota uma política que não considera os picos de preços. “Temos que ser um monopólio responsável. O que menos queremos é uma portaria do ministério que diga o preço que devemos colocar. Temos que ter um preço perto do patamar internacional, mas sem considerar picos”, disse, ao descartar qualquer interferência do governo em reajustes praticados pela empresa.