Para ministro, reativação da indústria de armamentos é inadiável

O vice-presidente e ministro da Defesa, José Alencar, defendeu hoje a necessidade da reativação da indústria de fabricação de material bélico. A proposta está prevista no Plano Nacional da Indústria de Defesa, que será apresentado pelo governo no início de 2005 e prevê encomendas iniciais da ordem de US$ 3 bilhões. "A reativação dessas indústrias para atender à remodelação das Forças Armadas não só é da maior importância, como é inadiável", declarou Alencar.

Depois de ter participado da cerimônia de substituição da Bandeira Nacional, na Praça dos Três Poderes, Alencar afirmou ser "público e notório que é preciso remodelar vários setores das Forças Armadas que vêm enfrentando anos e anos sem nenhum investimento sério, o que provocou um grande desgaste de todo o seu equipamento". Segundo ele, essas prioridades serão analisadas com cuidado por causa dos orçamentos apertados.

Essa intenção do governo, de acordo com Alencar, de forma alguma trará qualquer tipo de preocupação para os países vizinhos ou uma possível corrida armamentista na região. "O Brasil dá exemplo de sua preocupação com a manutenção da paz", comentou o ministro.

Ele ressaltou que a reativação da indústria de defesa criará empregos no Brasil e desenvolvimento tecnológico. Disse que o objetivo, no futuro, é até exportar produtos, dentro de um trabalho de colaboração pela defesa no continente. "É preciso que o Brasil se desiniba nesse setor", afirmou. Na opinião de Alencar, "há um certo preconceito" no País em relação ao desenvolvimento e à produção desse tipo de equipamento, que precisa ser eliminado. "Os Estados Unidos têm uma receita gigantesca de exportação de armamentos e não são armamentos de guerra, são para a paz."

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