O ex-presidente nacional do PT José Genoino repudiou hoje, com indignação, o pedido para o indiciamento dele no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista dos Correios, apresentado na quarta-feira (29) pelo relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). "É com indignação e repúdio que tomei conhecimento das conclusões do relator, deputado Osmar Serraglio, a meu respeito. O relatório não apresenta nenhum fato, nenhum documento, nenhuma prova que justifique o envolvimento de meu nome nas denúncias investigadas pela CPI dos Correios", disse Genoino, acusado de falsidade ideológica, corrupção ativa e crime eleitoral.

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Em nota veiculada hoje na página do PT na internet, Genoino defendeu-se das acusações, criticou o pedido de indiciamento e destacou que se defenderá, publicamente, "seja no meu partido, na sociedade ou na Justiça".

Ele afirmou que "sempre" se pôs à disposição da CPI dos Correios e que nunca "nem sequer" foi ouvido. "Espontaneamente, autorizei a quebra dos meus sigilos fiscal, bancário e telefônico, onde nada foi encontrado que pudesse envolver meu nome na investigação em curso nas CPIs", destacou.

"Os dois empréstimos que assinei, aos Bancos Rural e BMG sempre constaram da prestação de contas do PT e são absolutamente legais. Não fazem parte de ‘caixa dois’ e, tecnicamente, não corroboram em nada com as opiniões do relator" rebateu.

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Na avaliação de Genoino, as conclusões apresentadas por Serraglio resumem-se a "opiniões políticas", que visam atingi-lo e ao PT. "Além disso, são ilações e acusações injustas contra alguém que não dispõe, para sua defesa, dos mesmos meios que o relator detém para a acusação", observou.