Brasília – O próximo passo da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas será analisar as emendas de bancada. A informação é do sub-relator de sistematização, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Segundo ele, existiam parlamentares que gerenciavam regionalmente as emendas de bancada.

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"Está se percebendo que existiam parlamentares que eram verdadeiros gerentes regionais nesse esquema de corrupção, cooptava outros parlamentares, distribuíam as ambulâncias e ganhavam o percentual para si como alguém e repassava", afirmou. "Na maioria das vezes, os parlamentares que compunham a bancada não tinham ciência, mas o gerente e seus comparsas sabiam o que estavam fazendo", completou.

Além disso, a CPI deverá fazer um cruzamento para ver a época da liberação das emendas. "Ver se essas liberações se davam na mesma época durante o ano, ou se em determinadas ocasiões, como a época do mensalão essa liberação de emendas se dava de forma mais veemente de forma a demonstrar que essa liberação de emendas era uma forma de cooptar, de trazer o parlamentar para base aliada", disse.