O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, manteve o mesmo discurso dos últimos meses ao avaliar pesquisa CNI/Ibope divulgada na tarde de ontem. Alckmin destacou que o levantamento representa um "recall" de eleições passadas e voltou a dizer que os cerca de 20% de preferência do eleitorado obtidos por ele estão muito acima de suas expectativas iniciais. "Hoje você tem uma pesquisa de conhecimento, um recall, uma lembrança de um nome. A campanha começa apenas com o rádio e a televisão em agosto", disse Alckmin, em referência ao início do horário eleitoral gratuito.
A pesquisa CNI/Ibope divulgada ontem mostrou mais uma vez o favoritismo do presidente Lula para a campanha eleitoral. Os dados, coletados antes de o nome de Alckmin ser confirmado para representar o PSDB na disputa, apontam que Lula teria hoje 46% contra 22% do governador paulista, ou 43% contra 19%, dependendo da simulação. Alckmin lembrou que, quando colocou seu nome à disposição do PSDB, sua expectativa era de chegar ao início da campanha presidencial com uma preferência do eleitorado nas pesquisas de apenas um dígito. "Eu imaginava começar a campanha com um dígito, 8% ou 9%", disse o governador. "Começar com 18%, 19% no Brasil, com o nível de conhecimento pequeno que eu tenho fora de São Paulo, acho que é um piso alto" acrescentou.
Apesar de se mostrar otimista quanto a sua capacidade de crescer ao longo dos próximos meses, Alckmin insistiu que não acredita em uma vitória fácil contra o presidente Lula. Segundo ele, esta é uma eleição que será marcada pelo forte grau de exigência do eleitorado, indicando inclusive que uma decisão só deverá ocorrer em segundo turno. "Campanha fácil não existe", disse o governador.