São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, disse hoje que esperava o crescimento da aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como do índice de intenções de voto a ele, caso se candidate a reeleição, conforme apontou pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada sábado (04).
Alckmin entende que a melhor avaliação de Lula é porque ele está em "campanha ininterrupta", diariamente, exposto na mídia. "Era esperado. O presidente recupera-se um pouco por quê? Enorme exposição na mídia e o monólogo de uma campanha ininterrupta", opinou.
Na disputa com o governador de São Paulo, Lula obteve 36% das intenções de voto, enquanto ele recebeu 20%. No levantamento anterior, em dezembro, o presidente tinha 30% das intenções, enquanto Alckmin, 22%.
Após participar da assinatura, num evento na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do projeto que estabelece a Lei de Inovação, o qual será encaminhado à Assembléia Legislativa, o governador de São Paulo disse que, assim que a campanha eleitoral tiver início e for rompido o "monólogo" de Lula, a apreciação dele voltará a cair.
"Na hora que começar a campanha, se tem o contraditório e aposto na mudança. Acho que o povo brasileiro vai querer mudar", afirmou. Uma vez mais, para minimizar a importância das sondagens neste momento, Alckmin comparou a competição que poderá enfrentar com o presidente à vitória que obteve em 2002. "Se fosse basear em pesquisa, Paulo Maluf (ex-prefeito de São Paulo) seria governador de São Paulo. Ele tinha, em julho, e não em fevereiro (de 2002), 43% nas pesquisas, e todos nós tínhamos 40%. Vejam o que aconteceu", insistiu.