Palocci não confirma saque da parcela do empréstimo com FMI

O chefe da missão do FMI (Fundo Monetário Internacional), Jorge Marquez-Ruarte, que finalizou hoje a penúltima revisão do acordo de US$ 30 bilhões, assinado no ano passado com o Brasil, anunciou que vai recomendar à direção do organismo multilateral, em Washington, EUA, que aprove, em setembro, a execução do programa pelo governo brasileiro. A aprovação dará direito ao país sacar mais US$ 4 bilhões aproximadamente do empréstimo.

Mesmo com a sinalização de Ruarte, o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, não quis confirmar se o Brasil irá sacar a nova parcela do empréstimo. Segundo o ministro, em respeito à direção do organismo, não seria possível anunciar antes da aprovação da revisão qualquer posição.

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou também que só em outubro o governo deverá decidir se pedirá ao FMI a renovação do acordo. Segundo o ministro, do ponto de vista da necessidade de financiar as contas externas, não “parece que seja insuperável , mas isso não quer dizer que sejam descartados” (os recursos).

Em relação à revisão desta semana, Ruarte informou que não houve alteração nas metas fiscais acertadas entre o governo e Fundo. Disse, ainda, que não conversou com a equipe econômica sobre um novo acordo, já que o atual está em curso.

Sobre a possibilidade de se retirar do cálculo do superávit primário os investimentos das estatais, o que facilitaria o cumprimento da meta, hoje em 4,25 %, o chefe da missão do FMI negou que esse tema tenha sido colocado na pauta de negociações.

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