Palocci diz que plano do governo é o escolhido pela população

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou há pouco, em entrevista coletiva, que o governo não pensa em realizar um “plano B” para a política econômica do Brasil. “Falar em mudança da política econômica com os indicadores melhorando progressivamente seria uma insanidade. Não passa pelo governo, nem por parte do presidente Lula, nem por parte da equipe econômica, outra política”, disse. Palocci foi enfático ao afirmar que “o plano do governo não é nem o A nem o B, é o plano do presidente Lula, que foi divulgado para o país e escolhido pela população”. Ele ressaltou a queda do risco país dos 2.400 pontos em setembro para os atuais 1.100 pontos, como demonstração da confiança do mercado na economia brasileira. Citou os C-Bonds, papéis da dívida brasileira, que vêm se valorizando, e lembrou que a boa performance do Brasil acontece num momento em que o cenário internacional não é favorável.

O objetivo do governo, disse Palocci, é estabelecer condições de crescimento, o que pressupõe compromissos do governo em fazer o que for necessário para controlar a inflação e colocar em ordem as contas. “Pior que juros é a inflação”, disse o ministro, ao ressaltar que a alta da taxa de juros, que na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) passou de 25% para 26,5%, é um remédio amargo que faz parte da política de combate à inflação.

Palocci disse que o governo ainda não decidiu se vai sacar os US$ 4,2 bilhões a que tem direito, caso a revisão do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) seja aprovada na reunião que a diretoria da instituição realizará na próxima semana. “Teremos tempo para decidir. Vamos divulgar se sacaremos com base nas necessidades daquele momento”, informou. Depois de liberados os recursos, o Brasil pode lançar mão do direito de retirar o empréstimo até a próxima revisão, em maio.

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