A inversão na curva do déficit da Previdência Social, "que agora está apontando
para baixo, depois de muitos anos", na opinião do ministro da Fazenda, Antonio
Palocci, é "a maior notícia do ano".

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Em entrevista coletiva, ele disse
que "não importa que os resultados sejam todos verificados neste ano ou no
próximo, mas que se tenha uma perspectiva de solução para o déficit da
Previdência, que é muito danoso para as contas públicas e para o direito futuro
do trabalhador". E explicou: "Se a curva sobe sem parar, alguém vai ter que
pagar por isso no futuro. Ou o trabalhador, que não vai poder receber seu
direito, ou a elevação da carga tributária, para cumprir a obrigação
previdenciária".

Com a redução do déficit da Previdência, lembra
Palocci, "o espaço fiscal se amplia, permitindo mais gastos em infra-estrutura,
mais espaço para poupança e para redução da carga tributária, que é um
compromisso nosso".

O ministro informou que, por meio de projeto de lei,
estão sendo fechadas medidas para redução da carga tributária, e destacou que
desde meados do ano passado "não foi tomada pelo governo qualquer medida que
aumentasse impostos". A arrecadação da Receita Federal está aumentando acima da
inflação, segundo o ministro da Fazenda, "porque a atividade econômica aumentou
e essa arrecadação pode ficar acima do próprio crescimento".

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Palocci
disse ainda que a melhora no funcionamento da máquina arrecadadora é uma das
razões para esse aumento, assim como a antecipação da arrecadação tributária nos
investimentos das Bolsas de Valores, mesmo em percentual diminuto, permitiu que
a arrecadação nesse segmento aumentasse uma centena de vezes.