Palestra na Biblioteca Pública fala do cinema mudo ao falado

“Do cinema mudo ao cinema falado” será o tema da palestra que o cinéfilo e colecionador Jorge de Souza fará nesta quarta-feira, às 19h, no Auditório Paul Garfunkel da Biblioteca Pública do Paraná. Ele é responsável pela criação do Cine Clube Annibal Requião e vai contar fatos pitorescos, inéditos e históricos sobre o assunto.

Segundo Jorge de Souza, os irmãos Louis e Auguste Lumière talvez não tivessem a consciência de que estavam criando um meio de expressão importante. “Chegaram a dizer que o cinema é uma invenção sem futuro”, conta. O som era tecnologia nova que enriquecia o cinema, mas obrigava mudanças na produção e na linguagem. Os anos 30 consolidam os grandes estúdios e consagram astros e estrelas em Hollywood. Os gêneros se multiplicam e os musicais ganham destaque.

Em 1929 o cinema falado representa 51% na produção norte-americana. A adesão de quase todas as produtoras ao novo sistema abala convicções, provoca a inadaptação de diretores, atores e roteiristas. Diretores como Charles Chaplin e René Clair estão entre os que resistem à novidade, mas com o tempo aderem à sonorização. Dos anos 30 até a 2ª Guerra Mundial, apesar de Hollywood concentrar a maioria da produção cinematográfica no mundo, alguns centros europeus como França, Alemanha e Rússia produzem obras que merecem destaque.

Aos poucos o cinema transformou-se. Ainda nos primeiros anos do século, a câmera passa a integrar-se à ação acompanhando os atores em movimento. A seguir passa a focalizar a cena de perto e de longe. Mais tarde vieram todas as mudanças: o som, a cor, o cinemascope, som estéreo, as experiências em terceira dimensão. “Na verdade o cinema não pára de mudar”, diz Jorge de Souza.

Serviço

“Do cinema mudo ao cinema falado”

Data: 11 de agosto (quarta-feira)
Local: Auditório Paul Garfunkel da Biblioteca Pública do Paraná ? Rua Cândido Lopes, 133

Horário: 19h

Entrevistas podem ser marcadas com Jorge de Souza pelo telefone 232-5943.

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