Com estratégias inovadoras no terreno do desenvolvimento local e sustentável, o empreendedorismo no Terceiro Setor floresce com experiências e colhe resultados múltiplos, arregimentando a solidariedade no duro combate às desigualdades endêmicas da sociedade brasileira.
O Terceiro Setor se estende em todas as direções, converge e complementa a agenda social, realiza parcerias e contrapartidas com o Estado para a superação efetiva e geral da pobreza.
Meio ano de estrada, o governo Lula implementa o programa Fome Zero, paradigma brasileiro da “barriga da miséria”, carro-chefe de marketing eleitoral.
Óbvio que muitos têm interesse que o programa fracasse, embora a esperança de dar certo é muito maior. Os que discordam sempre tiveram um prato de comida à mesa, acomodam-se em bons empregos ou têm mais sorte na vida.
Não tenho dúvida de que o Fome Zero seguirá em frente. É um projeto político, e só com política se acabará, definitivamente, com a fome.
O caminho está aberto e pode coexistir com os programas preexistentes como o Bolsa Alimentação, Bolsa-Escola e Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, entre outros.
O programa não se destina apenas a acabar com a fome, incentiva também a criação de mais empregos. Para tanto, é indispensável a (conseqüente) redução dos tributos que oneram a produção e/ou desestimulam novas contratações no mercado do trabalho.
Fome Zero é empreender e transformar ?in concreto? o modelo ideal de desenvolvimento social e econômico. E danem-se os negativistas de plantão!
Como parte da engrenagem que azeita a cadeia produtiva e a radicalização da democracia, o Sistema Fiep (Fiep, Sesi, Senai e IEL) compartilha com a sociedade civil as tarefas de desenvolvimento sustentável com estratégias,serviços e projetos antes reservados a governos.
O Sistema tem se esmerado em buscar e adaptar processos a padrões mais elevados, em conformidade às exigências dos mercados dos novos tempos de responsabilidade social.
Para atingir as metas preestabelecidas que buscam a satisfação do mercado e do cliente, expandimos o raio de ação, antecipamos tendências e tecnologias, direcionamos serviços, arregimentamos as forças vivas da sociedade e dos cidadãos imprescindíveis que lutam sempre por um pacto social com impacto corrosivo contra ideologias perversas que apostam na perenidade das desigualdades inevitáveis. E mesmo que sejam inevitáveis, tenho certeza que pode e deve ser reduzida a distância que separa os poucos que têm muito e os muitos que nada têm.
José Carlos Gomes Carvalho
, presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná.