Organizada promove “enterro” de dirigentes corintianos

Insatisfeita com a diretoria do Corinthians, a Gaviões da Fiel e outras torcidas organizadas do time vêm se movimentando desde o início da semana para um protesto antes do jogo deste sábado, contra o Atlético Paranaense. "Faremos o enterro simbólico de dirigentes, investidores, conselheiros e demais incompetentes que comandam o Corinthians", explica Wildner Rocha, o Pulguinha, vice-presidente da Gaviões.

Cerca de cinco mil torcedores farão uma passeata, que sairá da sede da Gaviões, no Bom Retiro, até o estádio do Pacaembu. "Garanto que não são apenas membros da Gaviões. Teremos muita gente de outras torcidas. A idéia do protesto surgiu em várias reuniões e essa foi a maneira de nos manifestarmos longe das arquibancadas", ressalta Pulguinha.

O "cartola" da Gaviões explica: "Faremos um cortejo fúnebre, que será acompanhado por um carro de som. Levaremos 13 caixões para o enterro simbólico de dirigentes, membros da parceria, gente que só está prejudicando o time", ressalta Pulguinha.

Segundo o vice-presidente da Gaviões, os caixões levarão nomes como o de Alberto Dualib, Kia Joorabchian, Roque Citadini, Paulo Angioni e Edvar Simões. Sobrou até para Marlene Matheus. "Sem contar que vamos levar cerca de 400 cruzes com os nomes dos conselheiros, e muitas faixas de protesto", ressalta.

A torcida deverá se concentrar na quadra da Gaviões, a partir do meio-dia. "Vamos sair de lá às 14 horas, passando pela rua Sérgio Tomás, a avenida Marquês de São Vicente, Abraão Ribeiro, o viaduto Pacaembu e vamos tomar uma via da avenida Pacaembu até chegar à Praça Charles Miller, onde faremos os enterros simbólicos", explica Pulguinha. Segundo ele, um carro de som acompanhará a passeata.

Wildner garante que, dentro do estádio, a situação será diferente. "Não vamos levar nenhum caixão com nome de jogador. Todos eles têm nosso total apoio, apesar de alguns realmente precisarem mostrar mais empenho em campo. Nós temos um documento que queremos que chegue até os jogadores, para que eles entendam que vamos apoiar a equipe, apesar de não concordar com a diretoria. Os jogadores precisar ter serenidade e equilíbrio para voltar a vencer", afirmou.

Pulguinha se recorda do confronto contra o Atlético em 2004, quando o adversário goleou o Corinthians por 5 a 0 e houve tumulto no Pacaembu: "A torcida sabe que existe a possibilidade de derrota por causa da situação em que o time se encontra. Posso dizer que não vai ter confusão e nem ‘quebra-quebra’. Avisamos a todos que a nossa manifestação não tem de ser na porta de vestiário cobrando jogador. Temos de cobrar d a diretoria.

De qualquer forma, o vice-presidente da Gaviões diz que a torcida está confiante: "A expectativa é de vitória. O clima é de um jogo de final.

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