Operação Farol da Colina terá desdobramentos, diz PF

A operação Farol da Colina, desencadeada ontem pela Polícia Federal, cumpriu 63 mandados de prisão em sete estados ? Rio de Janeiro, Amazonas, Pernambuco, Paraíba, São Paulo, Minas Gerais e Pará. Foram cumpridos 208 mandados de busca e apreensão.

A operação é um desdobramento das investigações realizadas desde 1997 no chamado Caso Banestado, e leva este nome devido à tradução livre de Beacon Hill, a empresa que seria uma das maiores beneficiárias de contas abertas na agência do Banestado em Nova York (EUA).

De acordo com o diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, as investigações apontam indícios de crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira, sonegação fiscal, evasão de divisas e formação de quadrilha. Lacerda disse que a operação visou basicamente os doleiros, que faziam intermediação de dinheiro para lavagem. E garantiu que a investigação continua. ?Ainda haverá desdobramentos, haverá outras implicações de envolvidos?, afirmou.

?É importante nessas buscas que a gente localize anotações, bancos de dados, para saber quem são os clientes?, disse. Paulo Lacerda acrescentou que o cliente de um doleiro tem um perfil variado, de empresário que quer sonegar tributos, a um traficante, um contrabandista e até mesmo pessoas que de uma forma descuidada, ao invés de ir a um banco oficial, procuram doleiros para fazer uma operação cambial. ?E às vezes a pessoa até bota em sua declaração de renda aquela operação, mas não está sabendo que está usando um canal inadequado, indevido, que pode trazer algum tipo de comprometimento?, disse.

A ?Operação Farol da Colina? envolveu ontem cerca de 800 policiais federais de todo país. A Força-Tarefa reuniu Polícia Federal, Receita Federal, Banco Central, Ministério Público Federal e juizado especializado em lavagem de dinheiro de Curitiba (PR).

Voltar ao topo