ONU: tráfico de gente só perde para o de drogas e armas

O tráfico de seres humanos hoje representa a terceira atividade comercial ilícita mais lucrativa. Perde apenas para o tráfico de drogas e de armas, segundo cálculos feitos pelo Departamento de Estado Norte-Americano e usados no relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Além de movimentar uma quantia significativa de recursos, o tráfico de pessoas é considerado uma fonte permanente de recursos. Os "escravos" são vendidos e comprados várias vezes. Estima-se que só na primeira "venda" o tráfico de seres humanos movimente entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões anualmente.

Calcula-se que entre 600 mil e 800 mil mulheres são traficadas por fronteiras internacionais a cada ano. E a esmagadora maioria (80%) é de mulheres e meninas. Cerca de 70 mil brasileiras seriam vítimas do tráfico internacional. "Há uma política nacional de combate ao tráfico desenvolvida pelo governo, que aguardamos ser divulgada e implementada nos próximos meses", diz a representante no Brasil da UNFPA, Tânia Patriota. Ela observa que, além do Brasil, países pobres da Ásia e da África, palco de conflitos étnicos, são conhecidos por sua participação no tráfico internacional de seres humanos, sobretudo de mulheres. "Quando há desigualdades importantes, conflitos, muitas mulheres acabam sendo vítimas fáceis deste comércio", afirma.

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