Odvan falha e Ponte Preta bate o Fluminense no fim

Campinas, 04 (AE) – A Ponte Preta, dirigida interinamente por Nenê Santana, venceu o Fluminense, por 3 a 2, nesta quarta-feira à noite, no Estádio Moisés Lucarelli. O resultado foi injusto, porque o time campineiro chegou ao terceiro gol numa falha gritante do zagueiro Odvan, aos 43 minutos do segundo tempo.

A vitória reabilitou a Ponte das derrotas fora de casa para Atlético-PR e Criciúma, deixando o time paulista com 35 pontos, enquanto o Fluminense segue com 28 pontos.

A temperatura caiu bastante no começo da noite em Campinas, com os times pisando no gramado do Majestoso com 17 graus. Mas a Ponte começou em alta velocidade, tocando de primeira para tentar envolver a marcação adversário. Weldon, bem vigiado, sofreu falta aos sete minutos, na frente da grande área. O zagueiro Luiz Carlos cobrou forte, a bola passou no meio da barreira e o goleiro Fernando Henrique não conseguiu segurar: Ponte 1 a 0.

O time carioca manteve sua determinação de primeiro defender para depois atacar. Assim empatou aos 16 minutos. O zagueiro Alexandre perdeu a bola na frente da área do Fluminense, o meia Roger roubou a bola, caminhou até o meio-de-campo e tocou para Mauro, em alta velocidade, para entrar na área e bater forte do lado direito de Lauro. Empate do Fluminense.

A Ponte continuava tendo dificuldades com o sistema de marcação, mostrando deficiência na cobertura ao ala-direito André Cunha. O Fluminense demorou para explorar aquele setor devido ao excesso de erro nos passes no meio campo.

Quando acertou, quase marcou de novo. Aos 27 minutos, Edmundo viu Roger pelo lado esquerdo do ataque, ele bateu forte, mas por cima da trave.

A resposta campineira veio aos 39 minutos, quando Rafael Santos cobrou falta com o pé esquerdo, a bola ultrapassou a barreira e só parou na trave esquerda de Fernando Henrique.

A sorte não ajudou aos 40 minutos, quando Flávio vislumbrou Júlio César livre no lado direito da área. Ele dominou e bateu cruzado: 2 a 1.

No intervalo, o estreante técnico Nenê Santana repreendeu seus jogadores para acertar o posicionamento. “Assim a gente evita o contra-ataque”, recomendou. Ricardo Gomes, técnico carioca, lembrava da necessidade da vitória “para brigar pelo título” ao mesmo tempo que corrigiu seu próprio erro: tirou o lateral Mineiro para a entrada do meia Maico, com Leonardo Moura, que estava improvisado, assumindo sua posição de origem.

As orientações de Nenê Santana surtiram mais efeito do que a mudança de Ricardo Gomes. A Ponte dominou o meio campo, criando chances para ampliar aos sete, com Flávio de cabeça, e aos nove, com Luiz Carlos cobrando falta que exigiu grande defesa de Fernando Henrique.

Aos 11 minutos, a defesa campineira falhou e Júnior César bateu cruzado, mas para fora. Em poucos minutos, a Ponte perdeu dois zagueiros machucados: Alexandre e Rafael Santos substituídos, respectivamente, por Gustavo e Zé Maria.

Nesta altura, o Fluminense se via obrigado a atacar, pelas laterais, principalmente pelo lado direito com Leonardo Moura. A Ponte, porém, tinha espaço para os contra-ataques, com os rápidos Weldon e Júlio César.

O técnico Ricardo Gomes demorou para tirar o sonolento Edmundo para a entrada do rápido Alex. Ele empatou o jogo aos 38 minutos quando entrou nas costas da marcação do meio campo, penetrou na área e bateu cruzado. A bola ainda passou entre as pernas do goleiro Lauro. Era o empate, o resultado mais justo.

Só não terminou assim porque aos 43 minutos, Odvan tentou proteger a bola para o goleiro Fernando Henrique e o volante Flávio, esperto, enfiou o pé. A bola entrou mansamente: 3 a 2.

No fim de semana, o Fluminense recebe o Paraná, sábado, enquanto a Ponte Preta, domingo, vai enfrentar o Internacional, no Estádio Beira Rio, em Porto Alegre.

Ficha Técnica:

Ponte Preta – Lauro; Rafael Santos (Zé Maria), Alexandre (Gustavo) e Luiz Carlos; André Cunha, Romeu, Flávio, Lindomar e Bill; Weldon (Washington) e Júlio César. Técnico: Nenê Santana.

Fluminense – Fernando Henrique; Mineiro (Maico), Antônio Carlos, Odvan e Júnior César; Marciel (Esquerdinha), Diego, Leonardo Moura e Roger; Edmundo (Alex) e Mauro. Técnico: Ricardo Gomes.

Gols: Luiz Carlos aos 7, Mauro aos 16 e Júlio César aos 40 minutos do 1º tempo. Alex aos 38 e Flávio aos 43 minutos do 2º tempo.

Árbitro: Héber Roberto Lopes (Fifa-PR).

Cartão amarelo: Luiz Carlos, Mineiro e Júnior César.

Local: Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas/SP.

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