OAB vê nulidade de inquérito de Operação Furacão

A cúpula da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) procurou ontem o ministro da Justiça, Tarso Genro, em Brasília. Na audiência, o presidente da OAB, Cézar Britto, avaliou que existe a possibilidade de anulação do inquérito que deu origem à Hurricane. ?Assegurar o direito de defesa pressupõe necessariamente acesso ao preso?, disse.

?Não se pode aceitar que em um país democrático alguém seja acusado sem saber o porquê?, afirmou Britto. ?A operação está correta, o que não significa não respeitar a legalidade. Não respeitar o direito de defesa é estabelecer no Brasil o estado policial, o que não interessa a ninguém.? O presidente da OAB defendeu ainda uma ?regra geral? para os procedimentos da PF, reafirmando que a atuação foi equivocada.

Genro, por sua vez, garantiu que não há nenhum ?vício? na conduta dos policiais que possa invalidar o inquérito.?Recebi informações do chefe da PF (Paulo Lacerda) de que o processo é totalmente válido.? Ele se comprometeu a apurar eventuais irregularidades, mas cobrou da Ordem uma manifestação por escrito e detalhada. ?Os procedimento da PF são universais, qualquer que seja o réu, de qualquer classe ou profissão?, disse lembrando que todo o processo é controlado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

As informações são de O Estado de S.Paulo

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