OAB acredita que ?vazamentos? da PF são calculados e sistemáticos

Brasília – O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu nesta sexta-feira (1º) ao Supremo Tribunal Federal (STF) habeas corpus para os 15 advogados suspeitos de vazar para a imprensa informações da Operação Furacão, realizada pela Polícia Federal em 13 de abril último.

No pedido de liberação dos advogados ? assinado pelo presidente da OAB, Cezar Britto, e pelo secretário-geral adjunto, Albert Zacharias Toron -, a entidade alega que ?em todas as operações [da Polícia Federal] temos os ditos vazamentos, que a rigor não deveriam ser chamados assim. São calculados e sistemáticos?. Com esse argumento, a OAB requere ainda o trancamento do inquérito policial.

A OAB apresentou a transcrição de trechos de reportagens publicadas por jornais em 14 de abril, ?quando nenhum advogado tinha tido, ainda, acesso aos autos e até mesmo a seus clientes detidos?. E alegou que são ?prova cabal e irrefutável" de que a imprensa teve acesso a "dados sigilosos? antes dos advogados – que só tiveram acesso aos autos em 17 de abril, segundo a entidade.

A Operação Furacão foi deflagrada no dia 13 de abril, quando 25 pessoas foram presas nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e no Distrito Federal por suspeita de lavagem de dinheiro e envolvimento com jogo do bicho.

Posteriormente, a PF deflagrou a Operação Navalha, contra desvio de recursos em obras públicas. A questão do suposto acesso privilegiado a informações novamente foi levantado, quando o ministro Gilmar Mendes, do STF, acusou a PF de ser um "vazadouro".

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