O clássico Final Fight 2, detonado pelo editor Andre Breder

Por Andre Breder, editor colaborador do portal MisterApe

FINAL FIGHT vs. STREETS OF RAGE: A CAPCOM TENTA REAGIR!

A primeira investida de Final Fight no Super NES, mesmo tendo feito sucesso, não conseguiu trazer para o console da Nintendo toda a perfeição vista nos fliperamas. O jogo em si, lógico, tinha gráficos e sonoridade inferiores a versão original, mas até aí tudo bem.

O grande ponto negativo mesmo foi que o game só trazia dois personagens disponíveis para o jogador escolher (Haggar e Cody), e não havia a possibilidade de dois jogadores simultâneos, na verdade só havia mesmo o modo de um jogador!

Essa foi realmente uma mancada da Capcom na conversão de um de seus maiores clássicos, e o principal motivo para muitos nem gostarem da versão “caseira” de Final Fight lançada para o Super NES.

Enquanto isso a SEGA foi mais esperta, e acabou lançando tempos depois para o seu Mega Drive, o seu próprio Beat-‘Em-Up para fazer concorrência direta com Final Fight, e fez isso muito bem, criando um jogo muito melhor acabado, trazendo até três personagens diferentes para escolher e o melhor de tudo: a possibilidade de dois jogadores simultâneos na tela! É claro que estou me referindo ao jogo Streets of Rage, que é sem dúvida um dos melhores jogos dentro de seu gênero.

Na tentativa de amenizar um pouco as coisas, e por causa dos pedidos de muitos fãs, a Capcom chegou até a lançar, tempos depois, uma nova versão de Final Fight para o Super NES, intitulada Final Fight Guy, que era o mesmo jogo já visto antes, mas que agora colocava o personagem Guy disponível para a escolha. “Legal agora podemos escolher os três personagens!!!” Nada disso, pois para a “entrada” de Guy, o personagem Cody teve que sair, e o jogo continuava sendo apenas para um jogador. Se a Capcom quisesse realmente fazer um jogo que pudesse concorrer com Streets of Rage, teria que fazer algo melhor, algo mais bem feito. Surgia então em 1993, sendo um lançamento exclusivo para o Super NES, a tão esperada continução de seu Beat-‘Em-Up: Final Fight 2!

UM JOGO MAIS BEM ACABADO, MAS AINDA FALTANDO ALGUMA COISA…

Antes que Final Fight 2 visse a luz do dia, a SEGA já tinha colocado no mercado a continuação de seu jogo de luta no ano de 1992: Streets of Rage 2 não só era uma seqüência ainda melhor do que a original, como trazia grande inovações em relação a sua jogabilidade.

Realmente o Super NES precisava de um Beat-‘Em-Up de qualidade, e Final Fight 2, mesmo sendo inferior a Streets of Rage 2, conseguiu melhorar a situação para o lado da Nintendo, pois desta vez os jogadores teriam um jogo de verdade, com três personagens diferentes para escolher, e claro, a opção de dois jogadores simultâneos na tela surrando uma gang inteira!

A história do jogo não é muito original, mas também não comprometia: algum tempo depois dos eventos ocorridos no primeiro Final Fight, uma nova missão para Haggar está para surgir. O brigão está novamente cumprindo seus deveres como prefeito de Metro City, enquanto sua filha Jessica está em uma viagem de férias com Cody, e o destemido Guy está cumprindo uma nova missão para aperfeiçoar seu treinamento em um local desconhecido.

Mas tudo o que é bom dura pouco. A aparente a paz seria rompida com o aparecimento de um novo vilão do crime chamado Retu, que trouxe a Mad Gear de volta das cinzas e a transformou numa facção criminosa ainda mais perigosa do que originalmente era! Os remanescentes da velha Mad Gear desejam vingança, e um novo seqüestro ocorre: desta vez a bela Rena e o sábio Genryusai, respectivamente noiva e mestre de Guy, são as vítimas!

Dois dias após o seqüestro, Haggar então recebe uma ligação de Maki, o irmão de Rena, que o informa sobre o ocorrido e pede sua ajuda. Com Guy e Cody ausentes, Haggar contará então com a ajuda de Carlos Miyamoto, um exímio espadachim, para se unir a Maki nesta nova luta contra a famigerada Mad Gear!

Final Fight 2 veio realmente para tentar limpar a “mancha” deixada pela versão regular d,o primeiro jogo da série no Super NES, mas mesmo sendo um game melhor que o anterior, ainda assim muitos fãs reclamaram da falta de inovação. Tirando as questões já citadas sobre o número de personagens e o modo de dois jogadores, que realmente fizeram falta no jogo anterior ou foram mal empregadas, Final Fight 2 era aquele jogo do tipo “mais do mesmo”, que não trazia praticamente nenhuma diferença em relação ao original.

Enquanto no lado rival, a seqüência de Streets of Rage trouxe boas inovações em relação à jogabilidade, por exemplo, Final Fight 2 pecava por ser um jogo no qual faltou mais empenho por parte dos produtores, que parecem que tiveram medo de renovar o jogo e com isso acabar desagradando os fãs mais “puristas”.

OS NOVOS PROTAGONISTAS!

Cada um dos três personagens principais de Final Fight 2 possui suas próprias características, tendo prós e contras, assim como ocorreu com os personagens do jogo original:

Haggar: Continua sendo o mais forte dentre os protagonistas. Seus golpes mais simples já são capazes de causar bastante dano aos inimigos, e agora Haggar possui a capacidade de executar um pião giratório, que continua tão contundente quanto o pião simples do jogo original. O ponto negativo de Haggar em relação aos outros dois personagens continua sendo o fato dele ser o mais lento em sua movimentação, o que o torna alvo fácil para inimigos mais rápidos.

Carlos: Assim como era Cody no jogo original, este é o personagem mais balanceado de Final Fight 2. Combina muito bem velocidade e força, sendo o personagem mais indicado para jogadores novatos que queiram um personagem que traz as características básicas para manter de forma mais fácil a sua sobrevivência no jogo.

Maki: A cunhada de Guy é praticamente uma versão feminina dele! É a personagem mais veloz do jogo, possuindo também a maior seqüência de golpes possíveis (5 no total). Assim como Guy, ela possui a habilidade de saltar e “quicar” nas paredes, podendo desta forma dar voadoras certeiras nos inimigos mesmo estando encurralada. E pra fechar o campo de igualdades entre Maki e Guy, a moça assim como foi seu cunhado no jogo original, é o mais fraco dos três personagens, sendo que seus golpes são os que causam menos danos aos inimigos.

MAIS DO MESMO… MESMO!

Assim como no primeiro Final Fight, durantes as diversas fases do segundo game os jogadores encontrarão vários tipos de armas que poderão ser usadas contra os inimigos.

Da mesma forma, também poderão ser encontrados diversos tipos de itens escondidos, em latões de ferro e em outros objetos. Estes itens são sempre bem úteis, e podem dar pontos ao jogador, restaurar a energia perdida e até mesmo invencibilidade temporária, dependendo do tipo de item, claro.

E para fechar de vez as igualdades entre os dois jogos, em Final Fight 2 também há duas fases bônus, onde o jogador poderá ganhar muitos pontos, e desta forma “faturar” vidas extras ao atingir certas pontuações. A primeira fase bônus é bem parecida com a primeira vista no jogo original, pois deve-se (mais uma vez) destruir um carro. Já a segunda fase bônus de Final Fight 2 é algo novo: deve-se destruir vários barris de ferro. Isso seria uma tarefa bem fácil, se os barris não estivessem cheios de combustível e soltassem labaredas de fogo constantemente.

>> LEIA A SEGUNDA PARTE DESTA REVIEW

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