Nucria prende pais de bebê morto com suspeita de violência sexual

O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria) ouviu os pais do bebê que morreu com suspeita de abuso sexual. Any Paula Fascolin e Nilson Moacir Oliveira Cordeiro tinham prisão temporária requisitada pelo Ministério Público e se apresentaram no começo de terça-feira (12). Segundo a delegada Paula Christiane Brisola, responsável pela investigação, durante o depoimento eles não demonstraram nenhum tipo de preocupação com a morte do bebê. ?Agiram como se nada tivesse acontecido com o filho deles e negaram qualquer tipo de participação na morte da criança?, contou.

O casal decidiu se apresentar somente depois que a polícia garantiu segurança aos dois. ?O advogado pediu para que eles fossem colocados em celas separadas dos outros presos, para não serem agredidos?, relatou a delegada. O depoimento começou logo depois da apresentação e só terminou ao meio-dia desta quarta-feira (13). Segundo a delegada, os pais contaram que não sabiam como o bebê sofreu lesões corporais e que, quando perceberam o ferimento, levaram-na para o hospital. ?Durante todo o depoimento, eles disseram não saber como a criança ficou daquele jeito e que cuidavam dela o tempo todo?, acrescentou. Eles disseram também que a gravidez não foi desejada pelo casal.

Os dois ficarão presos por cinco dias, como prevê a prisão temporária. ?Para evitar que eles saiam, vamos pedir prorrogação por mais alguns dias, até que seja concluído o inquérito?, complementou Paula. Segundo ela, uma das peças mais importantes para concluir o inquérito é a entrega do laudo de necropsia do Instituto Médico Legal, que vai comprovar se o bebê sofreu violência sexual e quem foi o autor. O corpo do bebê continuará no IML até a conclusão do inquérito.

Continuidade

Já foram ouvidos o médico, a psicóloga e duas assistentes sociais que deram os primeiros atendimentos ao menino. Agora, a polícia pretende ouvir os parentes e amigos mais próximos do casal para verificar como era o comportamento dos dois e recolher mais informações sobre os dias que eles ficaram cuidando do bebê em casa. Também foram apreendidos diversos materiais no apartamento do casal e no escritório de Cordeiro, que passarão por perícia policial.

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