Nova presidente da CEF toma posse em cerimônia discreta

Sem clima para festa, foi quase escondida a solenidade de posse da nova presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Maria Fernanda Ramos Coelho. Marcada para o período da manhã no Ministério da Fazenda, a posse ocorreu no gabinete do ministro Guido Mantega na presença de poucos assessores. Apenas os repórteres fotográficos e cinegrafistas tiveram acesso ao local. E, aproveitando a gritaria que os servidores administrativos da Fazenda faziam na portaria do prédio, reivindicando do novo ministro um plano de carreira, a presidente da Caixa saiu pela garagem, sem falar com ninguém.

Funcionária do banco há 22 anos, Maria Fernanda não fez menção, em seu discurso, aos prejuízos que a Caixa sofreu em sua credibilidade com a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, no caso que culminou na demissão de Jorge Mattoso da presidência da instituição. O discurso de Maria Fernanda foi distribuído pela assessoria de imprensa do ministério. No pronunciamento, Maria Fernanda destacou o fato de ser a primeira mulher a dirigir um banco federal. "É um fato importante para a eqüidade de gênero", afirmou.

Ela disse que se sentia orgulhosa e confiante em enfrentar o desafio de dirigir a empresa, que está presente na vida de milhões de brasileiros. Com 15.200 postos de atendimento a Caixa, segundo Maria Fernanda, está presente em todos os 5 562 municípios do País, sendo hoje o maior agente de implementação das políticas públicas do governo federal. "Em sintonia com a sua vocação histórica, a Caixa, no governo do presidente Lula, foi reorientada a cumprir realmente sua missão institucional de banco público", afirmou.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também falou na solenidade. Segundo o texto oficial, Mantega destacou a importância do aumento do crédito como base para o desenvolvimento. "Não há desenvolvimento econômico sem crédito", disse. O ministro enfatizou o papel da instituição como instrumento de desenvolvimento econômico e social do País. " A Caixa tem dado verdadeira contribuição para a revolução do sistema de crédito", observou.

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