No 1.º debate em São Paulo, Marta é alvo principal de ataques

São Paulo, 05 (AE) – A maior parte das críticas no primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, hoje à noite, na Rede Bandeirantes, foi para a prefeita Marta Suplicy (PT), atacada por todos os outros candidatos. José Serra (PSDB) e Paulo Pereira da Silva (PDT) mostraram mais do que cordialidade: no segundo bloco, trocaram perguntas e as respostas de ambos pareciam treinadas, de tão semelhantes no conteúdo.

O primeiro confronto deu-se quando Marta fez sua primeira pergunta ao candidato Paulo Maluf (PP) e escolheu o tema da dívida de São Paulo. “A dívida começou no seu governo, Maluf, e foi ampliada no governo (Celso) Pitta. Como você explica o seu crescimento?”

Espirituoso, Maluf citou números: “Quando eu saí, a dívida era de R$ 6,5 bilhões. Quando Pitta saiu, era de R$ 14,5 bilhões. Com você, no último balanço, a dívida já somava R$ 30 bilhões. De Anchieta para cá, dava R$ 14,5 bilhões. Só com você chegou a R$ 30 bilhões.”

O ex-prefeito aproveitou para distribuir críticas em volta: “Mas você não é a única culpada. A política de juros altos foi implantada no governo passado, quando Malan estava na Fazenda e Serra no Planejamento”, disse.

Marta rebateu: “Eu não fiz a dívida, eu herdei. Está na hora de você assumir a sua parte”, brigou. Maluf voltou com força: “A culpa é dos juros dos tucanos, mas o PT está no governo há um ano e meio e não mudou nada. Você nomeou cinco mil pessoas sem concurso, são R$ 300 milhões por ano, gastou R$ 200 milhões no corredor da 9 de Julho. São Paulo não agüenta você mais quatro anos com essa gastança toda”, disse ele, arrancando risadas da platéia.

Antes, Serra tinha se entendido muito bem com Paulinho. Sorteado como primeiro a perguntar, ele escolheu o candidato do PDT e lhe pediu para avaliar a política de emprego (tema de campanha de Paulinho). A seguir, Paulinho perguntou a Serra e escolheu como tema a saúde – assunto predileto de Serra. Os dois apontaram como solução a diminuição dos impostos e a extinção das taxas.

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