Namorada de Ubiratan deixa DHPP pelos fundos

A namorada do ex-coronel e deputado Ubiratan Guimarães, assassinado no sábado, Carla Cepallina, de 42 anos, deixou o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) em uma viatura da polícia por volta de meio-dia desta segunda-feira (11). Carla chegou ao DHPP por volta das 9 horas para prestar depoimento ao delegado Marco Antonio Olivato. Ela saiu pelos fundos em uma viatura com vidros escuros e não falou com a imprensa. A polícia ainda não se manifestou sobre o depoimento dela.

Carla teria sido a última pessoa com a qual o ex-coronel teve contato no dia do crime, segundo pessoas próximas ao casal. O corpo do deputado foi encontrado no fim da tarde de ontem por dois assessores e a perícia, concluída por volta das 3h30 de hoje, mostrou que o deputado estava morto há mais de 20 horas.

Em 2001, Ubiratan Guimarães, que comandou a ação contra uma rebelião no Carandiru em 1992, quando morreram 111 presos, foi condenado a 632 anos de prisão. Em 15 de fevereiro deste ano, conseguiu absolvição no Órgão Especial do Tribunal de Justiça, alegando que houve erro no voto dos jurados. Ele estava em seu segundo mandato na Assembléia Legislativa paulista, eleito com 56 mil votos. Sua reeleição já era dada como certa, principalmente depois da onda de ataque do PCC.

O assassinato – O crime ocorreu quando o deputado estava sozinho em casa, segundo o delegado-geral, Marco Antônio Desgualdo. ?Por enquanto, trata-se de homicídio de autoria desconhecida?, disse. ?As primeiras pistas não indicam envolvimento do PCC. A porta de trás do apartamento estava aberta.? Nada foi levado do apartamento – o ex-coronel tinha R$ 180 na carteira e dois revólveres expostos no bar, perto de onde o corpo foi encontrado.

O corpo do deputado está sendo velado a portas fechadas no Regimento de Cavalaria 9 de Julho, na Luz, centro de São Paulo, e o enterro está marcado para as 15 horas no cemitério do Tremembé, na zona norte da capital.

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