Zelaya pedirá que Obama corte ajuda a Honduras

O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, pedirá aos Estados Unidos que aumentem a pressão sobre o governo golpista hondurenho, em reunião hoje com a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton. Zelaya quer que Washington adote pelo menos uma de três medidas: dizer publicamente que não reconhecerá a eleição de novembro, que declare oficialmente que houve um golpe de Estado – e corte a ajuda financeira a Honduras – e também que a Casa Branca seja mais enérgica contra abusos dos direitos humanos no país.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo apurou, o governo do presidente Barack Obama dificilmente adotará as duas primeiras reivindicações, mas pode anunciar mais cortes na ajuda financeira, mesmo sem rotular o fato como “golpe de Estado”. O Departamento de Estado reluta em reconhecer o golpe, alegando que houve participação de outros setores sociais, e os EUA provavelmente reconheceriam o governo eleito em novembro.

Zelaya foi deposto em junho. Desde então, o governo de facto, liderado por Roberto Micheletti, tem rejeitado as propostas de mediação do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, endossadas pelos EUA. As propostas pedem o retorno de Zelaya, entre outras medidas.