O ex-primeiro-ministro israelense Yitzhak Shamir, falecido no sábado aos 96 anos, foi enterrado nesta segunda-feira em Jerusalém após um velório com honras de Estado no qual líderes de seu partido e rivais políticos destacaram sua integridade moral e sua visão do interesse de Israel acima de qualquer outra circunstância.

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“Trabalhamos juntos durante mais de seis anos. Muitas vezes nossas posições eram opostas, nossa visão da realidade era distinta, mas os dois estávamos convencidos de que éramos fiéis e sinceros israelenses, crentes em nosso destino e amantes de nossa terra”, disse o atual presidente israelense, Shimon Peres.

Peres, que foi primeiro-ministro entre dois períodos de governo de Shamir no cargo nos anos 1980, destacou que sua rivalidade política na época sempre encontrou o denominador comum em “uma profunda crença de que éramos filhos de um mesmo povo”, e ressaltou o papel que teve o falecido na criação do Estado judaico.

Ex-membro da milícia judaica Lehi, agente do Mossad (Inteligência israelense), deputado, ministro e primeiro-ministro, Shamir foi enterrado nesta segunda-feira na “Parcela dos Grandes da Nação”, reservada para os líderes do sionismo e do Estado de Israel.

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Participaram do funeral personalidades dos três poderes do Estado, altos comandantes militares, líderes religiosos e de todas as comunidades e minorias, assim como veteranos de guerra e companheiros de armas.

O atual primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, elogiou a “devoção” do falecido pela aspiração do povo judeu a um Estado, sua contribuição à segurança nacional e sua determinação em conseguir que mais de 1 milhão de judeus russos, e também etíopes, retornassem à terra de Israel.

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