O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou nesta quinta-feira o Ocidente de levar a Síria ao estado de caos após ter feito o mesmo em “muitos territórios” da região do Oriente Médio.

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“Nós advertimos que precisava agir com cuidado, não fazer nada pela força, caso contrário isso levaria ao caos. E o que vemos agora? A situação se aproxima muito do caos”, afirmou, citado por agências locais.

Putin, que se pronunciou durante visita à cidade de Riazan, assegurou que “o principal é que nossos parceiros não podem ser detidos”.

“Já criaram uma situação de caos em muitos territórios e agora essa política tem continuação em outros países, inclusive na Síria”, disse. O líder russo insistiu na postura do Kremlin em relação às mudanças bruscas ocorridas nos últimos dois anos no mundo árabe.

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“Nossa posição consiste em contribuir com as mudanças para melhor em todos os países, mas não em obrigar ninguém, sobretudo com o uso da força”, assinalou.
Putin ressaltou que a Rússia defende promover as mudanças internamente, em contraposição à ingerência exterior nos assuntos internos desses países.

O chefe do Kremlin se mostrou sempre contra a possível deposição do líder sírio, Bashar al Assad, alegando que a chegada da oposição armada ao poder em Damasco conduziria a uma interminável guerra civil, como no Afeganistão.

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“Consideramos que o futuro do país não deve ser decidido pela derrota ou a vitória militar de uma das partes, mas durante um processo negociador”, disse.