Violência deixa mais de 70 mortos na Síria em dois dias

Em dois dias de confrontos sangrentos na Síria, pelo menos 74 pessoas foram mortas após as forças leais ao presidente Bashar Assad bombardearem edifícios residenciais, abrirem fogo contra multidões e deixarem corpos sangrando nas ruas em meio a uma dramática escalada da violência, disseram ativistas nesta sexta-feira. Os maiores conflitos ocorreram em Homs. Na quinta-feira, a cidade testemunhou um surto de sequestros e assassinatos sectários entre as comunidades sunita e alauita. Forças a favor do regime atacaram prédios residenciais com morteiros e metralhadoras, segundo ativistas que alegaram que uma família inteira foi morta.

Um vídeo postado na internet pelos ativistas mostrou os corpos de cinco crianças pequenas, cinco mulheres de diferentes idades e um homem, todos ensaguentados e amontoados em camas, no que parecia ser um apartamento após um edifício ser atingido no bairro Karm el-Zaytoun da cidade. Um narrador afirmou que uma família inteira foi “assassinada”. O vídeo não pôde ser verificado de forma independente. Os ativistas disseram que pelo menos 35 pessoas foram mortas em Homs na quinta-feira e mais 39 acabaram assassinadas por todo o país nesta sexta-feira.

Em uma tentativa de acabar com o derramamento de sangue na Síria, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve discutir a crise no país nesta sexta-feira, em uma reunião a portas fechadas, um passo em direção a uma possível resolução contra o regime de Damasco, afirmaram diplomatas.

Ao menos 384 crianças morreram na repressão contra as manifestações na Síria desde que ela teve início, há quase 11 meses, disse o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), de acordo com uma contagem baseada em relatórios de grupos de direitos humanos. Deste total, a maioria era de crianças do sexo masculino e a maioria das mortes ocorreu em Homs, afirmou a entidade. As Nações Unidas estimam que mais de 5.400 pessoas já morreram durante o levante.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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