O procurador-geral do Equador, Carlos Baca, disse que pedirá para investigar o vice-presidente do país, Jorge Glas, em um processo penal por corrupção relacionado com um suposto pagamento de propina pela Odebrecht.

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Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, Baca afirmou que pedira à Corte Nacional de Justiça que “assinale o dia e a hora para uma audiência de vinculação contra Glas”, argumentando que tal solicitação se sustenta com os elementos da investigação fiscal por delito de associação ilícita.

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Glas, do partido do governo Alianza País e que insistentemente nega qualquer participação na rede de corrupção do caso Odebrecht no Equador, disse que o pedido judicial lhe dará oportunidade de se defender. “Não tenho absolutamente nada a esconder… Não encontrarão nenhuma prova que me vincule em nenhum ato de corrupção”, destacou.

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O Alianza País conta com 75 dos 137 congressistas que formam o órgão legislativo e sua votação será decisiva para permitir ou negar uma investigação contra Glas.

O processo de investigação judicial se cumpre para apurar uma trama de associação ilícita da Odebrecht, que reconheceu ter dado ao menos US$ 33,5 milhões a funcionários públicos para obter acesso a obras estatais. A trama de corrupção da Odebrecht provocou, em junho, a renúncia do controlador geral do Equador, Carlos Pólit, investigado pela Procuradoria, enquanto o ex-ministro de Energia, Alecksey Mosquera, que é tio do vice-presidente Glas, e ex-gerentes da empresa estatal Petroecuador estão detidos.

A Procuradoria também investiga cerca de 30 contratos da Odebrecht com o Estado equatoriano firmados entre 1980 e 2015, a fim de verificar as condições em que eles foram implementados. O governo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017) implementou projetos de cerca de US$ 1,6 bilhão com a Odebrecht. Fonte: Associated Press.