Vice-ministro da Defesa e cunhado de Assad morre no atentado de Damasco

O vice-ministro de Defesa da Síria e cunhado do presidente Bashar al Assad, general Asef Shaukat, morreu nesta quarta-feira no atentado contra o edifício sede da Segurança Nacional em Damasco, informou a televisão estatal.

Shaukat, casado com Bushra, irmã de Assad, foi mais uma vítima do atentado no qual também faleceu o ministro da Defesa, general Dawoud Rajiha.

A TV estatal afirmou que o ministro do Interior Mohammed Ibrahim al Shaar está ferido e seu estado de saúde é estável, apesar de alguns meios de comunicação terem anunciado sua morte no ataque, reivindicado pelo insurgente Exercito Livre Sírio (ELS).

Os dois ministros e o cunhado de Assad estavam na sede da Segurança Nacional, localizada na região central de Damasco, quando aconteceu a explosão.

Após o atentando, a área foi cercada por soldados governamentais, que fecharam ruas próximas ao edifício. Várias ambulâncias estão no local, como a reportagem da Agência Efe constatou.

De credo alauita, como o presidente Assad, Shaukat ocupava o cargo de vice-ministro da Defesa desde setembro de 2011, e foi no passado chefe da inteligência militar. Era considerado um dos principais responsáveis pela segurança do país e parte do círculo mais próximo do presidente.

Substituto

O governo da Síria designou o general Fahd Jassim al Farich como novo ministro da Defesa, informou a rede de televisão estatal.

Autoria

O Exército Livre Sírio (ELS), de oposição ao governo de Bashar al Assad, reivindicou a autoria do atentado cometido nesta quarta-feira contra o edifício sede da Segurança Nacional, em Damasco, que provocou a morte do ministro da Defesa, general Dawoud Rajiha, e do também general Asef Shaukat, vice-ministro da pasta e cunhado do presidente do país.

Em entrevista à Agência Efe pela internet, um dos organizadores do ataque, Muayed al Zouabi, explicou que a ação foi realizada em coordenação com agentes de segurança do edifício governamental e com um cozinheiro da sede.

Zouabi disse foi colocado veneno no café da manhã dos participantes de um encontro de lideranças políticas e de segurança – entre elas o ministro e o cunhado de Assad. Quando se sentiram mal, chamaram uma ambulância, que na verdade era um carro-bomba enviado pelo ELS.

O ataque faz parte da chamada operação “Vulcão de Damasco, Terremoto da Síria”, lançada na capital nos últimos dias, e que foi desenvolvida pela Brigada do Islã, pertencente ao ELS, afirmou Zouabi.