Venezuela resiste em reduzir tarifas dentro do Mercosul

O governo da Venezuela resiste em reduzir tarifas de importação para os demais parceiros do Mercosul e admite que pensou até em suspender as negociações com o Brasil por causa da falta de acordo. A solução foi estender em 180 dias o prazo para que Caracas diga como vai reduzir as suas tarifas após a entrada em vigor do tratado de adesão ao Mercosul.

No Itamaraty, diplomatas admitem que os venezuelanos estão criando dificuldades em vários produtos, como no caso dos celulares produzidos na Zona Franca de Manaus e exportados para a Venezuela. Caracas insiste que precisa de tempo para definir seu cronograma.

Esse comportamento surpreendeu os diplomatas porque a adesão ao Mercosul supõe a harmonização de tarifas. O chefe da missão da Venezuela na Organização Mundial do Comércio (OMC), Oscar Carvallo, confirmou as dificuldades e destacou que parte do interesse de Caracas pelo bloco é "social" e não apenas o econômico. O chanceler brasileiro, Celso Amorim, insistiu que um "avanço" precisa ocorrer. "Se houver uma área de sensibilidade específica, vamos considerá-la, mas não podemos refazer tudo. Acho que eles já entenderam isso", disse Amorim.

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